Quatro pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram presas na madrugada deste sábado (7) na Zona Leste de São Paulo. Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Com essas detenções, sobe para cinco o número de presos relacionados ao caso. O grupo foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro da capital.
As prisões ocorreram no bairro Tatuapé após denúncias anônimas. Segundo a polícia, um trabalho de inteligência da força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) identificou o esconderijo dos suspeitos. Na sexta-feira (6), Marcos Henrique Soares, apontado como responsável pela logística de fuga dos mandantes do crime, também havia sido preso. Ele teria auxiliado o olheiro Kauê do Amaral Coelho a se deslocar para o Rio de Janeiro e fornecido celulares ao grupo criminoso.
Durante a operação, foram apreendidos celulares e munições de fuzil calibres 5.56 e 7.62.
Defesa de Marcos Henrique nega envolvimento
Em nota, a defesa de Marcos Henrique afirmou que ele é inocente e destacou que "o jovem tem vida absolutamente imaculada e sem qualquer passagem policial". Segundo o advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, Marcos é bacharel em Direito, trabalha como estagiário em um escritório de advocacia empresarial e nunca teve envolvimento com armas ou munições.
Desdobramentos das investigações
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), elogiou a atuação da polícia e destacou as apreensões realizadas. Na quarta-feira (4), a polícia realizou buscas no apartamento de Gritzbach, onde foram encontrados um celular, um computador, um cofre e documentos.
Além disso, a namorada de Vinicius, que testemunhou o crime, prestou um depoimento complementar na terça-feira (3). Detalhes sobre o depoimento não foram divulgados, mas as informações podem contribuir para o avanço das investigações.