Polícia investiga conduta de seguranças em execução no Aeroporto de Guarulhos

A polícia considera essa versão suspeita, pois, dado o alto risco que o empresário enfrentava por ser delator,

Os investigadores também suspeitam que Gritzbach estava sendo monitorado desde sua saída de Goiás | Arquivo pessoal/Reprodução
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A polícia está investigando a conduta dos seguranças que faziam a escolta de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, executado no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo os seguranças, o carro que buscaria Gritzbach quebrou no caminho, levando apenas um deles a acompanhá-lo no aeroporto enquanto os outros três aguardavam no local da suposta pane. 

A polícia considera essa versão suspeita, pois, dado o alto risco que o empresário enfrentava por ser delator, seria mais prudente que todos os seguranças seguissem até o aeroporto para sua proteção.

O celular de Gritzbach foi apreendido no local do crime e será periciado para a análise de trocas de mensagens, que poderão trazer mais detalhes sobre o ataque. Os investigadores também suspeitam que Gritzbach estava sendo monitorado desde sua saída de Goiás, uma vez que os assassinos aparentavam saber seu horário exato de chegada.

Gritzbach colaborava com o Ministério Público de São Paulo, onde revelou detalhes sobre as operações do PCC, incluindo um esquema de lavagem de R$ 30 milhões por meio de compra e venda de imóveis e postos de gasolina. A principal suspeita sobre o assassinato é de que se trate de uma queima de arquivo em retaliação por sua colaboração.

Local da execução

O ataque aconteceu por volta das 16h, logo após Gritzbach desembarcar no Terminal 2 do aeroporto. Ele estava acompanhado da namorada e foi surpreendido por homens armados com fuzis calibre 765, que dispararam de dentro de um veículo Gol preto. Além de Gritzbach, outras três pessoas ficaram gravemente feridas: dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada do terminal.

Um dos seguranças estava com o filho de Gritzbach, que chegou sozinho ao aeroporto. Os quatro seguranças, todos policiais militares, foram identificados e terão seus celulares apreendidos para investigação. A namorada de Gritzbach, que saiu do local antes da chegada da polícia, foi localizada e levada para depoimento no DHPP.

De acordo com pessoas próximas, Gritzbach tinha ciência de que havia inimigos cientes de sua colaboração com o Ministério Público e temia por sua vida. Os investigadores buscam agora esclarecer as circunstâncias do crime, incluindo um tiroteio que também ocorreu nas imediações do aeroporto, perto do Hotel Pullman.

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