A Polícia Federal prendeu na tarde desta terça-feira (31) o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O criminoso seria o alvo dos traficantes que, por engano, executaram três médicos no início de outubro. Além de Tailon, o seu pai Dalmir Barbosa também foi preso.
A prisão foi feita na Avenida Abelardo Bueno, na altura do número 3.500. Além de Taillon, três homens, que seriam policiais militares que faziam a segurança dele, foram presos. A informação foi confirmada pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Cappelli
Taillon de Alcântara Pereira Barbosa já havia sido preso em dezembro de 2020, numa operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Em julho de 2022, foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão por organização criminosa, devido à sua participação em uma milícia. Ele ficou preso até este ano, quando foi colocado em prisão domiciliar. Em setembro conseguiu liberdade condicional.
“Há o registro de uma série de recentes ‘disque-denúncias’ que indicam que Taillon apresenta comportamento extremamente violento e exerce proeminente função de comando na organização criminosa”, diz um trecho da sentença.
MÉDICOS EXECUTADOS
No dia 5 de outubro deste ano, os médicos Diego Half Bomfim, Perseu Ribeiro e Marcos Andrade Corsato estavam em um quiosque por volta de 1h, no Rio de Janeiro, quando criminosos armados saíram de um carro branco e fizeram disparos contra o grupo, ceifando suas vidas. Na ocasião, havia outro médico, que foi baleado e passa bem.
No dia seguinte, a Polícia Civil localizou os corpos dos acusados de envolvimento na morte dos médicos. A Delegacia de Homicídios, com o apoio da inteligência policial, conseguiu localizar um total de quatro indivíduos, que estavam dentro de veículos. A investigação apontou que os criminosos confundiram o ortopedista baiano Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, preso hoje.