PF prende comandante da PM-DF e outros seis oficiais por omissão no 8/1

PGR apresentou denúncia contra integrantes da cúpula da corporação pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio da União

Execução de sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão | Reprodução
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A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) realizaram, nesta sexta-feira (18), a prisão de sete integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), os quais são suspeitos de se omitirem no planejamento e execução da operação preparada para acompanhar os manifestantes que invadiram as sedes dos Três Poderes da República no 8 de janeiro.

Os presos são o atual comandante-geral, coronel Klepter Rosa Gonçalves, o ex-comandante Fábio Augusto Vieira e outros cinco oficiais que tinham postos de comando na instituição. Além das sete prisões preventivas, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

Além dele, há outros investigados: o coronel Jorge Eduardo Naime, o coronel Paulo José Ferreira, o coronel Marcelo Casimiro, o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins. Todos eles estavam cientes da organização da manifestação do dia 8 de janeiro.

Ainda durante a manhã de hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de bens dos oito envolvidos da alta cúpula da PM-DF, atingindo contas bancárias, carros, imóveis e eventuais navios e aeronaves em nome dos investigados.

Policiais federais em frente ao apartamento do comandante-geral da PMDF - Foto: Reprodução

NOMES DOS ALVOS DA PF E PGR: 

  • Coronel Jorge Eduardo Naime;
  • Coronel Fábio Augusto Vieira;
  • Coronel Klepter Rosa Gonçalves;
  • Coronel Paulo José Ferreira;
  • Coronel Marcelo Casimiro;
  • Major Flávio Silvestre de Alencar;
  • Tenente Rafael Pereira Martins.

OPERAÇÃO 

A Operação Incúria deriva da denúncia feita pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, sob a coordenação do subprocurador Carlos Frederico Santos, apresentada ao Supremo Tribunal Federal. De acordo com a PGR, "provas já identificadas e reunidas na investigação que apontam para a omissão dos envolvidos".  

"Há ainda menção a provas de que os agentes - que ocupavam cargos de comando da corporação - receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes", diz o texto publicado pela PGR.

A todos eles são imputados crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, vandalismo contra patrimônio tombado e transgressões à Lei Orgânica e Regimento Interno da PM. Após sete meses de apuração, a PGR constatou que os PMs começaram a trocar mensagens de cunho golpista e a disseminar informações falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais do último ano.

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