O estudante de medicina, Marcos Vitor Aguiar Dantas foi preso, na manhã desta quinta-feira (19), na cidade de Mar del Plata, na Argentina, pela Polícia Civil do Estado do Piauí. Marcos era considerado foragido da Justiça piauiense e foi condenado a 33 anos de prisão por estuprar sua irmã e uma prima.
A investigação foi presidida pela DPCA – Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, que identificou as vítimas, colheu os elementos informativos necessários e representou pela prisão do investigado. Durante pouco mais de um ano, a Polícia Civil vinha realizando diligências de forma contínua com objetivo de cumprir o mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário.
Marcos Vitor: estudante de medicina é preso pela polícia na Argentina - Foto: Reprodução
Diante de novas informações de que Marcos Vitor estaria residindo na cidade de Buenos Aires, apresentando-se com nova identidade, houve redirecionamento dos esforços coordenados pelo delegado Matheus Zanatta. Foram realizadas uma série de diligências de campo e em ambiente cibernético – com suporte dos delegados Anchiêta Nery e Yan Brayner - que resultaram na localização, confirmação de identidade e prisão do investigado.
"A Polícia Civil do Piauí manifesta sinceros agradecimentos às representações brasileira e argentina da Interpol, ao “Cuerpo de Investigaciones Judiciales (CIJ) del Ministerio Público Fiscal de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires” e à Polícia Federal Argentina pelo apoio irrestrito e diligente durante as ações policiais realizadas", diz a nota.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, o estudante estava morando de forma ilegal na Argentina e contou com o apoio da Polícia Federal argentina para prender o estudante.
"Foi expedido um mandado de prisão contra esse indivíduo que estava foragido. Nós recebemos informações através das redes sociais de que ele estaria na Argentina, e começamos a fazer o levantamento de campo com colaboração da Polícia Federal da Argentina e conseguimos efetuar a prisão desse indivíduo de alta periculosidade, que estava se escondendo da Justiça brasileira. Ele estava no país de forma ilegal," disse o delegado Zanatta.
O delegado Anchieta Nery falou em entrevista, que Marcos Vitor estava usando o nome de Pedro Saldanha na Argentina e levava uma vida tranquila e que chegou a trabalhar em um bar, na área nobre de Buenos Aires, mas que, após ser condenado, mudou-se para a cidade de Mar del Plata.
O que se sabe sobre o caso
- - Marcos foi preso na cidade de Mar del Plata, na Argentina
- - Estava foragido da Justiça piauiense a mais de um ano
- - Estava morando tranquilamente na Argentina
- - Estava usando identidade falsa de Pedro Saldanha
- - Chegou a trabalhar em um bar na área nobre de Buenos Aires
- - Quando foi condenado, deixou a cidade de Buenos Aires e foi para Mar del Plata
"A equipe passou um ano em diligências neste caso e estávamos decididos que só íamos parar com a prisão do estudante. Tínhamos detalhes jurídicos e investigativos, onde havia um personagem usando um novo nome, nova residência, novo local de trabalho, residindo na área nobre e a gente precisava confirmar que, o Pedro Saldanha, era esse o nome que ele utilizava, realmente era o Marcos Vitor, foragido da Justiça de Teresina e nós temos várias técnicas, no meio cibernético ou biológico, então, o Marcos Vitor foi filmado passeando tranquilamente, foi filmado trabalhando em um bar, na área nobre de Buenos Aires. Quando saiu sua condenação, ele resolveu mudar de cidade e foi para Mar del Plata, mas quantas vezes ele mudasse de cidade ele seria localizado pela Polícia do Piauí e é o que vai ser feito com qualquer um que saia do Brasil pensando em fugir da Justiça Piauiense", disse o delegado Anchieta.
Estudante de medicina foi condenado a 33 anos por estupro de irmã e prima
O juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal de Teresina, condenou o estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas, a 33 anos 8 meses e 7 dias de prisão em regime fechado pelo estupro de duas meninas, uma delas sua irmã.
As mães das crianças denunciaram os casos de abuso em setembro de 2021. No dia 7 de outubro do mesmo ano, foi decretada a prisão preventiva do acusado e desde então Marcos Vitor era considerado foragido.