Marcos Vitor: Suspeito foragido há mais de 70 dias ainda estaria no Brasil

O acusado de abusar de duas irmãs e duas primas já está foragido há 75 dias e a família das vítimas segue sem pistas sobre o seu paradeiro.

Marcos Vitor | Reprodução
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O estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas, de 22 anos, indiciado pelo crime de abuso sexual contra duas irmãs e duas primas em Teresina, ainda não foi localizado. O acusado já está foragido há 75 dias e a família das vítimas segue sem pistas. Em entrevista, Priscila Karine, mãe de uma das vítimas, relatou sobre o andamento das investigações.

Segundo ela, Marcos Vitor saiu de Teresina, mas ainda estaria no Brasil. “O que a gente sabe é que está do mesmo jeito, ele não foi encontrado. A polícia continua procurando e a gente continua lutando para que ele seja preso, mas não temos notícias de localização, nem possibilidade de prisão dele. O que a investigação sabe é que ele saiu de Teresina, que pegou um avião, foi para outra cidade, mas ainda está no Brasil e dessa outra cidade a polícia não encontrou mais nenhuma pista do paradeiro dele”, declarou.

Estudante estaria recebendo auxílio da família para continuar foragido - Foto: Arquivo Pessoal

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34 números registrados no CPF do acusado

Priscila Karine informou ainda que a polícia detectou que Marcos Vitor possui mais de 30 números de celular registrados no seu CPF: “A gente já soube que ele tem mais de 34 telefones no CPF dele, ou seja, ele deve está usando um chip a cada dia para não ser pego e conseguir manter contato com outras pessoas. A família dele toda, tanto materna como paterna está dando auxílio para ele, está bancando ele financeiramente para que ele continue fugindo. É bom destacar que ele não está fugindo sozinho, a mãe dele está junto”, disse. 

Acompanhamento psicológico das vítimas

Sobre as vítimas, Priscila Karine declarou que as meninas estão sendo acompanhadas por profissionais, mas já apresentaram uma grande melhora. “A melhora das meninas em relação a todos os acontecimentos da vida delas foi surpreendente para toda a nossa família. Elas estão muito bem, é como se tivessem se libertado de uma situação prejudicial à saúde delas. A gente tem tratamento psicológico, psiquiátrico, acompanhamento, a minha já vai retornar para a escola no próximo ano, as mais novas já vão começar as aulas. A nossa vida foi beneficiada com o desaparecimento dele”, informou.

Ameaças da avó do estudante

Ainda na entrevista, a advogada declarou que a família recebeu ameaças da avó do estudante. “Inclusive a gente teve que fazer outra denúncia porque a avó dele veio ameaçar a gente de morte. A gente denunciou na delegacia, pediu medida protetiva para ela não se aproximar de todos nós porque ela também é avó de duas das vítimas, entramos com o pedido porque a gente não sabe o que ela pode fazer. Ela disse que ele ia terminar o curso, que a gente estava mentindo, inventando histórias, sendo que não foi a gente que disse nada, foram as crianças sozinhas, a gente não entra, não vê, não faz parte do processo, a gente atua como defensoras delas”, declarou.

“Eu sei que é muito difícil, mas eu estou muito crente que todas as meninas vão ficar muito bem. Sobre ele, ele não vai se entregar, já passou do tempo dele se entregar, eu acho que ele já deve estar com outros documentos, se a polícia não encontrá-lo, ele não vai se entregar”, finalizou. 

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