Laudo médico de acusado de matar e enterrar mãe afetiva aponta insanidade mental

Luiz Gustavo Vicente Penna explicou que recorreu a uma equipe de especialistas para tentar provar que o acusado não estava em plenas faculdades mentais quando matou Nilza.

Laudo médico de acusado de matar e enterrar mãe afetiva aponta insanidade mental | Reprodução
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Um laudo médico de Leonardo Silva, de 18 anos, acusado de matar e enterrar o corpo da mãe afetiva Nilza Costa Pingoud no quintal da casa dela, apontou "insanidade mental" do rapaz. O documento foi apresentado pelos advogados do jovem e assinado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro e uma equipe de psicólogos, os quais foram contratados pela defesa de Leonardo.

Isso porque, o pedido do laudo não havia partido da Justiça, mas, sim, da defesa do acusado. O objetivo dos advogados é que o documento contribua para a análise do processo judicial. A Justiça ainda não decidiu se aceitará ou não o laudo. O corpo da vítima foi encontrado no dia 1º de agosto deste ano, enterrado no quintal, em Barretos (SP), interior de São Paulo.

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Caso a Justiça aceite o laudo, o processo com a acusação de latrocínio pode ser suspenso e uma perícia oficial e independente sobre a saúde mental de Leonardo, sem ser a contratada pela defesa, pode ser solicitada pela Justiça. O julgamento do jovem está marcado para 15 de dezembro.

Questionado pelo G1 sobre o laudo médico, o advogado de Leonardo, Luiz Gustavo Vicente Penna explicou que recorreu a uma equipe de especialistas para tentar provar que o acusado não estava em plenas faculdades mentais quando matou Nilza, e pontuou características que o jovem apresenta: 

  • Transtorno de Personalidade Esquizóide
  • Transtorno de Personalidade com Instabilidade Emocional - Comportamentos Impulsivos
  • Outros Transtornos Mentais e Comportamentais Devidos ao Uso de Múltiplas Drogas e ao Uso de Outras Substâncias Psicoativas

"Como tem uma base técnica e teórica, o juiz vai ter de instaurar [um processo de incidente de insanidade mental, que vai analisar de forma independente a saúde mental do acusado]. Instaurado, suspende o processo que julga o crime e vai andar o processo de insanidade mental", disse o advogado do jovem, Luiz Gustavo Vicente Penna.

Assista o momento da prisão!

RELEMBRE O CASO

No dia 1º de agosto deste ano, Nilza Maria Aparecida Costa Pingoud foi encontrada morta e enterrada no jardim da própria residência, na cidade de Barretos, em São Paulo. Dois dias depois, a Polícia Civil prendeu Leonardo Silva, de 18 anos. Ele era filho afetivo da vítima, e principal autor do crime. O jovem foi identificado graças às imagens de câmeras de segurança da casa.

Suspeito de assassinar e enterrar mãe afetiva diz que matou “por diversão” | FOTO: Reprodução

No momento da prisão, Leonardo Silva falou à imprensa que cometeu o crime “por diversão” e que não se “arrepende, nem um pouquinho”. A ação do jovem chamou atenção nas redes com tamanha barbárie cometida contra a mulher. Questionado se haveria arrependimento, ele negou. O acusado ainda afirmou que matou Nilza para roubar dinheiro dela.

“Matei gente (…) por diversão também (…) estava [com raiva], por muitas coisas, gente. Minha vida é uma série [...] Eu vou matar e me arrepender para quê? Então não vale a pena matar. Que bandido é este que vai matar e vai se arrepender? Fiz compras, valeu a pena, não sinto nada por ela”, disse Leonardo no momento em que foi preso.

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