O Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu uma medida protetiva em desfavor do deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP), o “Da Cunha”. Ele é acusado de agredir e ameaçar de morte a companheira e nutricionista Betina Grusiecki dentro do apartamento em que moravam em Santos.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), a discussão entre o casal teria iniciado após o consumo de bebidas alcoólicas. Betina alega que o Delegado Da Cunha a xingou com palavras ofensivas, e as agressões físicas seguiram, incluindo apertar o pescoço e bater a cabeça dela na parede até desmaiar.
O B.O foi registrado como lesão corporal, ameaça, injúria e violência doméstica. No entanto, o deputado negou as acusações. A aplicação das medidas protetivas foram deferidas pelo TJ-SP após a repercussão do caso, que agora segue sob segredo de Justiça.
Dessa forma, Da Cunha deve-se manter afastado do apartamento em que morava com Betina, devendo providenciar que outra pessoa retire os objetos pessoais dele do local. Além disso, ele está proibido de aproximar-se dela, sendo fixado um limite mínimo de distância entre eles de 300 metros, e não poderá manter contato com ela e com testemunhas por qualquer meio de comunicação e mídias sociais.
As medidas são válidas pelo prazo de 90 dias. Em caso de descumprimento, Da Cunha poderá ser preso em flagrante, ou ainda, ter contra si decretada a prisão preventiva à garantia da execução das medidas, conforme consta na decisão judicial.
DESMAIO E AGRESSÕES
De acordo com o depoimento de Betina Grusiecki, Da Cunha começou a discussão após consumir bebida alcoólica no último sábado (14) e, em determinado momento, passou a xingá-la de “lixo” e “putinha”. Segundo a vítima, ela chegou a desmaiar após o acusado apertar o pescoço e bater a cabeça dela na parede. Betina disse que quando acordou, viu o homem voltar em sua direção e, para se defender, jogou um secador de cabelo nele.
O deputado voltou a bater a cabeça da companheira contra a parede e fez ameaças. “Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar sua mãe”, teria dito Da Cunha, antes de quebrar o óculos e destruir as roupas da mulher, segundo o boletim de ocorrência.
OUTRO LADO
Em nota, a assessoria de imprensa do deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP) informou que ele nega veementemente que tenha agredido a companheira. Ainda segundo a defesa, os fatos “ficarão comprovados no decorrer do inquérito”.
“Houve uma discussão, em meio à comemoração de seu aniversário, mas em nenhum momento ocorreu qualquer tipo de violência física de sua parte”, diz o comunicado.