Condenada pela morte dos pais e atualmente em regime aberto, Suzane von Richthofen, de 41 anos, não avançou para a segunda etapa de um concurso público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Ela concorreu ao cargo de escrevente técnico judiciário, com salário inicial de R$ 6.043, mas ficou abaixo da nota de corte, divulgada na última sexta-feira (22/11).
Concorrência e desempenho
Suzane estava inscrita para a 4ª Região Administrativa Judiciária, em Bragança Paulista, onde mora. Entre os 1.335 candidatos, apenas 44 foram aprovados para a prova prática. A nota mínima para ampla concorrência foi 7,6, e para candidatos negros, 5,6. Apesar de ter realizado a prova objetiva em setembro, composta por 100 questões, Suzane não alcançou a classificação necessária, e sua pontuação não é acessível publicamente.
Histórico de tentativas em concursos
Essa não foi a primeira vez que Suzane tentou ingressar no serviço público. Em 2023, poucos meses após sair da prisão, ela se candidatou a uma vaga de telefonista na Câmara Municipal de Avaré, com salário de R$ 5.626,33. Atualmente, Suzane cursa direito na Universidade São Francisco, no campus de Bragança Paulista, e o cargo de escrevente do TJSP poderia oferecer benefícios como auxílio saúde, alimentação e transporte, além de adicionais de qualificação acadêmica.
Impedimentos legais
Mesmo que fosse aprovada, Suzane poderia enfrentar obstáculos para assumir o cargo, já que o edital exige apresentação de atestado de antecedentes criminais. Dependendo da natureza do crime, candidatos podem ser desclassificados. Ainda assim, Suzane teria a opção de recorrer judicialmente para garantir o direito de posse.
Benefícios e progressão na carreira
O salário inicial de escrevente no TJSP pode ser incrementado com adicionais para servidores com formação superior, pós-graduação, mestrado ou doutorado, além de planos de carreira. Apesar de sua reprovação, Suzane segue buscando oportunidades, conciliando os estudos e sua tentativa de reinserção social.