Há exatos 21 anos, Suzane von Richthofen orquestrava o assassinato dos próprios pais Manfred e Marísia von Richthofen, mortos a pauladas enquanto dormiam. O crime aconteceu na noite do dia 31 de outubro de 2002 e foi cometido pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, na época namorado e cunhado de Suzane.
Em 2004, a ruiva foi presa definitivamente após ser condenada a 39 anos de prisão pelo crime. Entre os anos de 2015 e 2016 progrediu ao regime semi-aberto, e em janeiro deste ano evoluiu para o regime aberto, onde segue desde então. Após anos do crime, Suzanne nunca visitou o túmulo dos pais.
O corpo dos dois está enterrado no Cemitério do Redentor, em Sumaré, zona Oeste de São Paulo. O lugar chegou a ir a leilão pela falta de pagamento. De acordo com o jornalista Ullisses Campbel, autor do livro “Suzane: Assassina e Manipuladora”, a assassina sempre se coloca longe do assunto.
“A Suzane sempre tratou o crime, desde a época que cometeu, como se fosse algo que não tivesse nada a ver com ela. Ela fala do crime como se tivesse sido cometido pelos irmãos Cravinhos, como se ela não tivesse feito parte dele. Então é tudo em terceira pessoa. Ela se refere aos pais como se não tivesse matado”, explica.
Suzanne chegou a dizer que sonhava com Marísia, e que a mãe atuava como sua "protetora" dentro do presídio de Tremembé, onde ficou presa por quase 20 anos. “O aniversário do crime passa em branco para ela. Nunca foi nem visitar o túmulo dos pais. Teve uma época que atrasaram o pagamento do IPTU da sepultura e a prefeitura colocou até para leilão. Só que aí alguém da família foi lá e pagou no último segundo da prorrogação, e aí o túmulo não foi a leilão”, relembra.
Vida após o crime
Foi revelado pelo jornalista em setembro deste ano, que Suzane von Richthofen está à espera do seu primeiro filho, fruto do relacionamento com o médico Felipe Zecchini Muniz, de 40 anos. O casal teria se conhecido através das redes sociais e passado a morar juntos em um condomínio fechado em Bragança Paulista, interior de São Paulo.
Suzanne cursa biomedicina em uma universidade particular de Itapetininga (SP), e recentemente apareceu na lista de candidatos de um concurso para ser telefonista da Câmara Municipal de Avaré (SP). Ao O Globo, um dos colegas de classe, disse que Richthofen é uma excelente aluna.