Família de fã da Taylor Swift que morreu durante show quer processar produtora

A empresa Time for Fun é a empresa responsável pelas apresentações da Taylor Swft no Brasil

Ana Clara Benevides | Reprodução
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A família de Ana Clara Benevides Machada, fã da cantora Taylor Swift que morreu durante o show no Rio de Janeiro, pretende entrar com uma ação judicial contra os organizadores do evento, a produtora Time fo Fun. As informações foram confirmadas pelo advogado da família à Folha de São Paulo. 

Ainda conforme o advogado, os familiares pretendem também processar o Estado do Rio de Janeiro e o município por omissão na fiscalização do evento.

Em um vídeo enviado à imprensa, João Paulo Sales Delmondes afirmou que o laudo de necropsia de Benevides confirma que os organizadores falharam e foram omissos em relação às necessidades dos fãs durante o primeiro show de Taylor Swift no Brasil.

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Em nota, a empresa Time for Fun, responsável por organizar o evento, lamentou a perda de Benevides e afirmou que prestou pronto atendimento à jovem quando ela passou mal, colaborando com os órgãos públicos. A reportagem tentou contato com a prefeitura e o governo do Rio de Janeiro, mas não obteve respostas até o momento.

"O laudo acaba confirmando a falha da organização do evento, sobretudo, a sua omissão com todos os fãs, dificultando o acesso à água e a pontos de hidratação. Isso fez com que a Ana ficasse exposta ao calor extremo e, fatalmente, culminasse com a sua morte", diz o advogado no vídeo.

"Em razão disso, a família de Ana Clara pretende aguardar a conclusão das investigações no âmbito do inquérito, para verificar qual será o desdobramento com a punição dos responsáveis na esfera criminal e mover as ações judiciais necessárias, objetivando uma reparação de um dano."

Segundo o advogado, com base no laudo, ele pretende encaminhar a ação na esfera cível em paralelo ao inquérito. "Entendemos que já temos todos os elementos necessários para ajuizar a ação de reparação de danos, e isso deve ocorrer assim que eu tiver acesso à íntegra do inquérito até a fase em que ele se encontra". João Paulo Sales Delmondes, o advogado, informou que já entrou em contato com a delegada responsável pelo caso, Juliana Almeida Alves Domingues, e planeja se encontrar em breve com ela para obter acesso às informações do inquérito.

"Se ficar mesmo constatada a responsabilização na esfera criminal, ela pode indiciar, podendo até tipificar o crime como homicídio culposo. Nosso papel vai ser acompanhar o desfecho desse inquérito e verificar se vai existir ou não o indiciamento. Se isso caminhar para uma ação penal, pretendemos nos habilitar como assistentes de acusação, mas esse é um momento futuro."

"Essa dor não tem preço. Nenhuma indenização vai minimizar o sofrimento da família. O objetivo por buscar a justiça é fazer com que essa ação tenha um caráter punitivo, para mostrar que a empresa errou e deve ser responsabilizada pelo dano que cometeu, bem como pedagógico para servir de exemplo para que outras famílias não passem pela mesma dor que a família da Ana Clara vem passando e que os grandes eventos passem a se preocupar mais com o seu público", acrescentou.

Ana Clara Benevides faleceu na noite de 17 de novembro, durante o primeiro concerto de Taylor Swift no estádio Nilton Santos, o Engenhão. Na ocasião, o Rio de Janeiro enfrentava uma onda de calor extremo, com temperaturas superiores a 40ºC. Exposta ao calor intenso, Benevides sofreu uma parada cardiorrespiratória, com um quadro de choque cardiovascular e sérios danos nos pulmões, resultando em seu falecimento.

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