A filha da cantora gospel Sara Mariano teria pedido para mãe se separar do pai dias antes do crime acontecer, em 27 de outubro, quando a pastora foi encontrada morta e carbonizada às margens da rodovia BA-093, em Dias D’Ávila, na Bahia. O assassino trata-se de Ederlan Mariano, na época marido da vítima.
De acordo com a advogada Sarah Barros, representante da família de Sara Mariano, a cantora enviava áudios aos familiares constantemente relatando que vivia em um relacionamento abusivo.
"Ela sofria, claramente, violência psicológica e moral. Ederlan controlava Sara, pegava o celular dela. A vítima, inclusive, enviava os áudios à família e, em seguida, informava que estava apagando o conteúdo, para que ele não ouvisse esses relatos", disse Sarah Barros ao Portal Correio.
Em um desses áudios, guardados pela mãe e irmã da cantora, Dolores Correia e Soraya Correia, Sara Mariano teria informado que a própria filha teria pedido para ela se separar do pai, devido ao comportamento que ele teria apresentado nos últimos tempos.
"Ultimamente, ele [Ederlan] estava bebendo muito, chegava embriagado em casa e teria forçado Sarah a ter relações sexuais", disse a advogada ao Portal Correio.
Ainda conforme a advogada Sarah Barros, não há comprovações de que a cantora também era vítima de violência física. No entanto, na última segunda-feira (6), uma pessoa teria informado que viu a pastora com manchas em um dos braços.
"Uma pessoa informou que viu Sara, antes do desaparecimento, com o braço roxo, mas não temos como imputar a responsabilidade do braço roxo a Ederlan. O que podemos afirmar, com certeza, é que Sara era vítima de violência doméstica, moral e psicológica", pontuou a advogada ao Portal Correio.
O último contato da família de Sara Mariano com a filha da cantora gospel foi no dia 26 de outubro. Segundo a advogada, a criança está com os avós paternos desde que o pai foi preso. Além disso, os parentes entraram com um pedido de convivência. O pedido foi encaminhado à 6ª Vara da Família do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
"A família está traumatizada com tudo que aconteceu, com o assassinato de Sara de forma brutal. O último contato com a menor foi na quinta-feira, quando Sara ainda estava desaparecida", afirmou Sara Barros ao Portal Correio.