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Suspeita de mandar esquartejar mulher, blogueira é solta por falta de provas em Teresina

Ela estava presa desde o dia 8 de julho de 2024, apontada como a responsável por planejar a execução e o esquartejamento de Silvana Rodrigues de Sousa.

Maria Clara e Silvana Rodrigues | Foto: Reprodução
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A Justiça do Piauí determinou a soltura da blogueira Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, conhecida nas redes sociais como Clarynha Sousa. Ela estava presa desde o dia 8 de julho de 2024, apontada como a responsável por planejar a execução e o esquartejamento de Silvana Rodrigues de Sousa. A decisão foi tomada sob a justificativa de que “não há provas contundentes suficientes para levar os acusados ao Tribunal do Júri”.

Nos termos art. 414 do CPP, que aponta, não se convencendo da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. Aponta-se que, enquanto não houver a prescrição, poderá ser formulada nova denúncia, caso haja novas provas. Diante disso, revogo a prisão preventiva dos acusados Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, Sebastian Valerio dos Santos e João Victor Rodrigues de Paiva Barros. Expeçam-se, com urgência, os competentes Alvarás de Soltura, consta na decisão, divulgada no dia 8 de junho de 2025.

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O QUE ACONTECEU?

  • O corpo de Silva foi encontrado, esquartejado dentro de uma sacola e enterrado em uma cova rasa, em 26 de junho, em um matagal na Vila da Guia, zona Sudeste de Teresina. A polícia descobriu os restos mortais e encontrou dois facões em uma casa abandonada, na Vila da Guia.
  • O crime teria sido motivado por uma rivalidade entre facções. Os suspeitos acreditavam que Silvana era uma infiltrada do Bonde dos 40 na região, dominada pelo Primeiro Comanda da Capital (PCC). 
  • De acordo com a Polícia Civil, Maria Clara foi quem presidiu o “Tribunal do Crime”; Sebastian participou do esquartejamento e ocultação; e João Victor, também no esquartejamento e na asfixia da vítima. Os três foram soltos. Outros dois menores também participara da situação.

O corpo de Silvana estava enterrado em Teresina | FOTO: Reprodução

MARIA CLARA NEGA PARTICIPAÇÃO

Durante a audiência de instrução e julgamento no dia 11 de fevereiro, Maria Clara afirmou conhecer a vítima de vista, tendo estudado quando era mais nova, e negou ser integrante de facção. “Na verdade, quando eu vi ela já estava até morta”, disse.

Maria Clara relatou que recebeu uma ligação de um dos adolescentes, que lhe pediu para arrumar alguns sacos de estopa, e quando se dirigiu ao local, teria encontro o corpo; no entanto, o Ministerio Publico apontou que, na verdade, Maria Clara teria atraído a vítima para um suposta reunião, quando ocorreu crime

Maria Clara foi reconhecida na cena do crime por meio de uma tatuagem em uma das pernas. 

Maria Clara e Silvana Rodrigues | FOTO: Reprodução

MP PEDE JULGAMENTO

No dia 6 de junho deste ano, o MP pediu que “sejam pronunciados pelos crimes imputados na denúncia e submetidos a julgamento pelo Egrégio Tribunal Popular do Júri”.

Ainda que parte dessas informações tenham surgido na fase inquisitorial, houve elementos judiciais suficientes para corroborá-las, inclusive com declarações prestadas sob contraditório, tanto por testemunhas quanto por autoridades policiais [...] Diante da existência de indícios mínimos de autoria, faz-se necessária a submissão do apelado a julgamento pelo Tribunal do Júri, instância competente para a análise do conjunto probatório e para a formação da convicção acerca da culpabilidade do acusado.

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