A Polícia Civil do Piauí realizará, na noite desta segunda-feira (7), uma perícia técnica nas imagens das câmeras de segurança que registraram a morte do caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto. A medida foi tomada após contradições envolvendo os registros. O crime ocorreu em novembro de 2024, durante uma troca de tiros entre policiais militares, assaltantes e um suposto vigilante, no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina.
A informação foi confirmada ao MeioNews pelo delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), e pela família do caminhoneiro.
A perícia vai completar as imagens para confrontar, contestar as versões dos policiais. Aí já mandou a gente ir com o caminhão, levar moto. Vai ter uma reconstituição novamente hoje, às 20h da noite, porque eles querem fazer tipo para confrontar a imagens que o advogado disse que a imagem foram só pedaço, que as imagens não bateram, e a polícia vai fazer para mostrar para ele que as imagens estão corretas, disse a irmã do caminhoneiro, Sâmia Araújo.
O QUE ACONTECEU?
- O crime aconteceu em 11 de novembro de 2024, no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina;
- Francisco teria sido morto em uma suposta troca de tiros entre assaltantes, policiais, e uma 3ª pessoa, que seria um suposto vigilante não localizado;
- Francisco estava descarregando o seu caminhão quando tudo aconteceu;
- Na época, três policiais chegaram a ser presos, mas soltos dias depois;
- No dia 2 de julho de 2025, a polícia fez uma reconstituição do crime.
O QUE DIZ A DEFESA DOS POLICIAIS
Ao MeioNews, o advogado de defesa dos policiais militares, doutor Otoniel Bisneto, afirmou não ter sido informado. Ele também reiterou o que foi apontado no laudo: o tiro que matou o caminhoneiro não teria partido dos PMs.
O que chama a atenção é que a família não quer aceitar que o tiro que matou o caminhoneiro partiu da esquerda para a direita (de cima para baixo) e provavelmente foi disparado por alguém que estava à sua esquerda. Não tem a menor chance dos tiros terem saído das armas dos policiais que estavam por trás do caminhão. Um tiro de ponto 40 não tem a capacidade de transfixar o caminhão [...] a família tem que entender que não foram os policiais que efetuaram o disparo que culminou com a morte do caminhoneiro. Eles têm que buscar o verdadeiro culpado pela morte, disse o advogado dos policiais, Otoniel Bisneto, ao MeioNews.