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Exclusivo Reconstituição revela mentiras e contradições entre policiais sobre morte de caminhoneiro em Teresina

A família do caminhoneiro Francisco acompanhou a reconstituição do crime. Com cartaz de “Queremos Justiça”, todos seguem na esperança de que a verdade seja esclarecida.

Caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto | Foto: Arquivo fornecido ao MeioNews
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Foi realizada, na noite desta quarta-feira (2), a reconstituição do crime que tirou a vida do caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto. Durante o procedimento, familiares relataram ao MeioNews que os policiais militares envolvidos apresentaram diversas contradições em seus depoimentos. Ainda segundo os relatos, foi constatado que uma segunda pessoa também foi agredida e baleada pelos agentes.

Foi favorável à reconstituição. Eles fizeram de quatro formas. Eles pegaram o jeito que estava nas imagens, a versão dos três policiais separados. Eles queriam que fossem juntos, mas o perito não deixou. E aí cada um contou uma versão e eles encenaram lá. Cada policial contou um jeito diferente. Eles se contradisseram em tudo que eles falaram lá. Até na posição do carro, que o carro deu a volta em cima da mureta, cada um disse que foi um local diferente, disse Sâmia Araújo, irmã do caminhoneiro.

Família pede justiça por Francisco Pereira da Silva Neto | FOTO: Obtida pelo MeioNews

O QUE ACONTECEU?

  • O crime aconteceu em 11 de novembro de 2024, no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina;
  • Francisco teria sido morto em uma suposta troca de tiros entre assaltantes e policiais;
  • Francisco estava descarregando o seu caminhão quando tudo aconteceu;
  • Na época, três policiais chegaram a ser presos, mas soltos dias depois.

RECONSTITUIÇÃO DO CRIME

Inicialmente, foi divulgado a presença dos policiais, supostos assaltantes, do caminhoneiro, e de um vigilante na cena do crime, o qual foi descartado na reconstituição dos fatos

Reconstituição de morte de caminhoneiro | FOTO: Obtida pelo MeioNews

O suposto assaltante, na verdade, se trata de Pedro Lucas, que estava chegando em uma motocicleta por aplicativo. Ele foi agredido e baleado na perna, segundo constatado pelo Instituto Médico Legal (IML). 

Ontem, um deles, apenas um deles falou que quando saiu da viatura, foi pela parte traseira do caminhão, nós achamos isso bem importante porque quem foi pela parte traseira foi quem atirou no caminhoneiro. O rapaz (Pedro Lucas) que estava supostamente sendo perseguido, falou que os policiais falaram em troca de armas, ‘agora é hora de trocar de arma’ [...] ontem foi muita proveitosa a reconstituição porque mostrou quem realmente efetuou os disparos, disse a advogado do caminhoneiro, doutora Ivana Policarpo. 

PEDIDO DE JUSTIÇA

A família do caminhoneiro Francisco acompanhou a reconstituição do crime. Com cartaz de “Queremos Justiça”, todos seguem na esperança de que a verdade seja esclarecida. Em entrevista ao MeioNews à época, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado "Baretta",  afirmou que "essa diligência é muito importante para dirimir dúvidas em relação à dinâmica da ocorrência". 

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