A Polícia Federal pediu a manutenção da prisão da vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB). A parlamentar é investigada por envolvimento com uma facção criminosa e foi indiciada por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e peculato-desvio (‘rachadinha’).
O pedido veio em resposta à provocação do Ministério Público Eleitoral, que enviou despacho à polícia questionando se persiste o interesse na continuidade da prisão da parlamentar. No dia 4 de abril, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) rejeitou o pedido de habeas corpus protocolado pela defesa da parlamentar e manteve a prisão preventiva.
Tatiana segue presa na Sala de Estado-Maior, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar (QCG-PI).
O QUE ACONTECEU?
Tatiana é acusada de utilizar dinheiro de uma facção criminosa para comprar votos nas eleições de 2024, em Teresina. Três servidores comissionados ligados à vereadora foram afastados. São eles: Stênio Ferreira Santos (padrasto da vereadora, nomeado na sala da Presidência), Edilene Sani de Melo, e Dariele de Melo Pedreiras.
CASSAÇÃO DE MANDATO
O presidente da Câmara Municipal de Teresina, Enzo Samuel (PDT), afirmou que a Procuradoria da Casa está analisando os desdobramentos do caso para avaliar a possível cassação do mandato da parlamentar.
Assim que tivemos conhecimento do fato, acionamos a Procuradoria da Câmara para acompanhar todo o processo judicial. Sabemos que ela está em prisão preventiva, e a nossa legislação prevê medidas diante dessa situação. Estamos acompanhando com cautela, respeitando o devido processo legal, explicou Enzo Samuel.