Após quase dois anos, foi confirmada a identificação das ossadas encontradas no povoado Flor do Campo, na zona rural de Barras (PI). Segundo o Instituto Médico Legal (IML) de Teresina, trata-se de Maria dos Reis Carvalho Calasso. Em agosto de 2022, familiares descobriram os vestígios mortais no quintal da casa da idosa, que estava desaparecida até então. A principal hipótese é de que ela tenha sido assassinada pelo próprio filho.
ENTENDA O CRIME
Ao MeioNews, uma familiar da idosa compartilhou detalhes do caso: na época, o filho da vítima, Francisco Rogério Carvalho, estranhou o desaparecimento da mãe e foi até sua casa. Após buscas na residência, ele encontrou no quintal uma arcada dentária, tufos de cabelo, cinzas, um crânio e alguns ossos. A Polícia Militar e o IML foram acionados e recolheram os vestígios.
Ainda conforme as informações, o outro filho da idosa tentou fugir pelo matagal ao perceber a movimentação na residência, mas foi capturado e levado ao Hospital Areolino de Abreu devido a problemas psicológicos. Após alguns dias, foi liberado e agora reside com o pai em Lagoa Alegre (PI). A familiar o identifica como o principal suspeito do crime.
“É um irmão meu, ele é o suspeito. Filho dela com outro marido. Ele era agressivo. Ele só chegou lá na casa dela, e depois os populares encontraram o corpo queimado, foram encontrados poucos ossos”, disse, em poucas palavras e em tom de desabafo, Francisco Rogerio Carvalho.
DESAPARECIMENTO E BUSCAS
Antes da descoberta dos vestígios, os familiares realizaram buscas com as autoridades competentes durante três dias. “Começamos as buscas, e a gente foi à delegacia fazer o boletim de ocorrência de desaparecimento, porque não sabia quanto tempo ela estava desaparecida. Ela morava com o filho que supostamente cometeu o crime”, explicou a familiar.
“Ela não ia para nenhum lugar, a vida dela era aquela dali. Agora (após quase 2 anos) foi que deram a resposta”, desabafou uma parente.
INVESTIGAÇÃO
A família suspeita que o outro filho de Maria dos Reis seja responsável pela morte, mas com a divulgação do laudo pericial do IML, a Polícia Civil do Piauí deve investigar para esclarecer o mistério em torno do falecimento da idosa.
“A gente não teve nenhuma resposta [...] deve ter uma nova investigação. Não pode ficar impune, foi um crime bárbaro, nunca tinha ouvido falar da dimensão que se tornou”, acrescentou a parente.