Após ser adiado duas vezes, o júri popular de Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado de estuprar e matar a estudante de jornalismo Janaína Bezerra, teve sua data definida para o dia 29 de setembro. O crime ocorreu em janeiro deste ano dentro de uma sala de aula da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina.
Segundo informações do Tribunal de Justiça do estado, a sessão de julgamento, feita pela 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, acontecerá às 8:30, no Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Souza Neto, zona Centro-Norte de Teresina. A audiência deveria ter ocorrido no dia 17 de agosto, e logo depois foi adiada para o dia 01 de setembro, sendo suspenso e remarcada para o dia 29 de setembro.
O último adiamento ocorreu em virtude do fato de Ércio Quaresma Firpe, que assumiu a defesa do acusado um dia antes da audiência, não comparecer ao julgamento. Em entrevista exclusiva para o Meionorte.com, a mãe de Janaína Bezerra, dona Socorro, questionou a real intenção do novo advogado em assumir o caso, e quem está por trás, já que o mesmo é conhecido nacionalmente por atuar a favor do ex-goleiro Bruno.
“Estou revoltada com o julgamento. Foi adiado mais uma vez. Mas não vamos desistir. De repente é contratado um de longe. Tem alguém patrocinando ele, por trás disso tudo, porque para pagar um advogado desse [...] É caro, alguém que contratou não tem pouco dinheiro [...] Eu estou achando estranho”, indaga dona Socorro.
RELEMBRE O CASO
Investigações do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que a jovem foi brutalmente estuprada e morta dentro de uma sala de estudo do curso de matemática da Universidade Federal do Piauí (UFPI) durante uma calourada, na madrugada de 28 de janeiro.
O homicídio qualificado envolveu o emprego de meio cruel, uma vez que a vítima morreu por asfixia e teve o pescoço quebrado, além da qualificação por feminicídio, devido à condição de mulher da vítima. Thiago Mayson alegou que teve um encontro com Janaína durante a festa e a convidou para uma sala de estudos do curso de Matemática, onde alega ter mantido relações sexuais consensuais com a vítima.