Na terceira fase da operação contra o roubo de caminhões e cargas no Piauí e no Maranhão, os motoristas dos veículos são o alvo principal. Alguns desses motoristas faziam parte da organização criminosa e simulavam assaltos para colaborar com os suspeitos, conforme informou o delegado Charles Pessoa, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?
Alguns motoristas eram vítimas, enquanto outros cooperavam com a organização criminosa, segundo o delegado. Eles faziam acordos com o grupo para “repassarem a carga às vezes o caminhão, e faziam posteriormente o boletim de ocorrência”. No galpão utilizado para desmanche em Teresina (PI) foram apreendidos, também, aparelhos para bloquear o rastreamento dos veículos.
“Algumas transportadoras utilizam de rastreador para monitorar essas cargas, e no decorrer da investigação a gente descobriu que realmente havia indícios de que estavam utilizando alguns bloqueadores com o intuito realmente de cortar o sinal [...] nós conseguimos apreender uma maleta que bloqueia os sinais dos rastreador para que nem a polícia, nem a própria vítima, a empresa, locadora, conseguisse identificar onde o veículo, que havia sido roubada, estava”, explicou o delegado Charles Pessoa.
INVESTIGAÇÃO
O líder da organização criminosa continua foragido. Os suspeitos roubavam os caminhões e cargas e traziam para Teresina, onde era feita a adulteração dos veículos e das mercadorias, como a troca de placas e adesivos. Nesta quarta-feira (24), cinco pessoas foram presas durante a operação Draco 140.