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“A falta de segurança pública que não assistiu Lucélia merece ser julgada”, diz defesa sobre danos morais

A idosa foi presa em agosto 2024 suspeita de envenenar dois irmãos e solta em janeiro de 2025 após o laudo pericial constatar que não havia veneno nos cajus

Lucélia Maria passou 5 meses presa injustamente | Foto: Reprodução
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A decisão da Justiça do Piauí, publicada nesta segunda-feira (14) sobre a inocência de Lucélia Maria da Conceição Silva, traz à ex-acusada uma nova oportunidade de reconstruir a vida, após meses de prisão, perda de bens materiais e falta de segurança pública.

Sammai Cavalcante, advogado de Lucélia, afirmou ao MeioNews, que, apesar de entrar com uma ação de danos morais, o erro cometido com sua cliente é irreparável.

Apesar de ela estar se reconstruindo moralmente, a reparação material, a falta de segurança pública que não assistiu a Lucélia, principalmente no dia que a casa foi incendiada, merece ser julgado esse petitório em relação a esse cunho indenizatório, tanto no âmbito material quanto no âmbito moral. A Lucélia sofreu muito e o sofrimento, mesmo que apenas moral, que é uma coisa grotesca, ele é indenizável, afirmou.

VIVEU UM PESADELO

“Quanto valeria passar um dia preso sendo inocente?”. Este foi o questionamento feito pelo advogado da Dona Lucélia Maria ainda em fevereiro deste anoA idosa passou quase 5 meses presa após ser vítima de um plano orquestrado por um casal, o qual culminou na morte de 8 pessoas em Parnaíba (PI). Entre as vítimas estão:

  • João Miguel Silva (sete anos de idade)
  • Ulisses Gabriel Silva (oito anos)
  • Manoel Leandro da Silva (18 anos de idade)
  • Maria Lauane Fontinele Lopes Silva (três anos de idade)
  • Francisca Maria Silva (32 anos de idade)
  • Maria Gabriele Silva (quatro anos de idade)
  • Lívia Maria Leandra Silva (17 anos)
  • Maria Jocilene da Silva (41 anos)

Ainda segundo a defesa, a mulher recebeu na cadeia “ameaças veladas, ameaças diretas, e não conseguia dormir no cárcere [...]”

DANOS MORAIS 

Um perito avaliador mensurou um valor acerca da residência da Dona Lucélia que, em agosto de 2024, quando foi presa sob acusação de ter entregado cajus envenenados a duas crianças, foi incendiada por populares. O advogado refletiu que o valor foi fundamentado na destruição material, e pode ser maior caso a Procuradoria do Estado acate ou menor, dependendo do Poder Judiciário.

Atualmente Lucélia Maria tem recebido apoio, também, de pessoas de outros estados. Atualmente, ela mora com o companheiro, que tem deficiência visual.  

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