W. Soares: Meta é dar goleada de aprovações e nota 1000 na redação

Pré-Enem Seduc tem mobilizado estudanes de escolas públicas e tem promovido a inclusão universitária

Wellington Soares | Divulgação
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Realizado todos os anos, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) mobiliza a classe estudantil numa verdadeira maratona de estudos e para facilitar o acesso dos alunos de escolas públicas na universidade, entra em ação o Pré-Enem Seduc, programa de inclusão de educação, comandado pelo professor Wellington Soares, que tem no time Karoline Mendes, Hildalene Pinheiro, José Carlos Elias (Feijão) e Felipe Lopes. 

Assim, o programa que começa em abril, realiza revisões em Teresina e percorre cidades do interior do estado e todas as aulas do preparatório são transmitidas pelo Canal Educação, Rede Meio Norte, youtube.

Em entrevista ao Meio Norte, o professor Wellington Soares diz que, por meio do programa, os professores mexem com a autoestima dos alunos. 

“Nunca paramos nosso projeto de inclusão universitária. Por meio do ensino híbrido, mesclamos aulas remotas e presencias”, diz.

A meta dos professores é fazer com que os alunos cheguem à universidade e neste ano, a meta do Pré-Enem Seduc é atingir a nota máxima na redação. “Até porque falta um tantinho de nada pra gente cravar mil pontos. No último Enem, por exemplo, tivemos alunos com 980 pontos. A cima de 900, já perdemos a conta da quantidade. Como estímulo, a secretaria estadual de Educação vai premiar tanto estudante quanto professor – smartphone e viagem a Salvador”, diz.  

Meio Norte: Qual o sentimento hoje depois de percorrer, com o Pré-Enem na Estrada, o Piauí de ponta a ponta? 

Wellington Soares - De felicidade plena, sobretudo, ao constatarmos que, apesar das limitações destes tempos pandêmicos, conseguimos realizar um ótimo trabalho em termos de preparatório para o Enem. Que venham as provas, pois teremos uma goleada de aprovações. 

MN: Que o leva a ter essa certeza no resultado do Enem em janeiro do próximo ano? 

WS: Porque fomos capazes de mexer com a autoestima dos alunos, levando-os a acreditar na realização do tão acalentado sonho de ingresso ao ensino superior. Acesso esse que mudará não somente sua vida, como a dos seus pais também. Sem falar, é claro, da revisão dos conteúdos mais exigidos por cada disciplina.  

Professor Wellington Soares coordena o Pré-Enem Seduc 

MN: Quando teve início essa maratona de estudos? 

WS: Logo no início do ano, por volta de abril, uma vez que, sempre driblando o coronavírus, nunca paramos nosso projeto de inclusão universitária. Por meio do ensino híbrido, mesclamos aulas remotas e presenciais. Aos domingos, fomos de Pré-Enem Live, transmitidas pelo Youtube do Canal Educação, e nos finais de semana, visitando as 21 GREs, tínhamos o Pré-Enem na Estrada, com transmissão pela TV Meio Norte, parceira das antigas.  

MN: Das 19 ações do Pré-Enem Seduc, uma que está fixada no imaginário da galera é, sem dúvida, o Corujão da Vitória. Como explicar tamanho apelo? 

WS: Talvez pelo fato de ocorrer às vésperas das provas, quando o interesse da garotada aumenta. Todos querendo dicas e orientações finais. Além de revisão geral das matérias. Atrás de um resultado melhor, resolvemos dividi-lo em dois momentos: o primeiro, voltado às disciplinas de linguagens, ciências humanas e redação; o segundo, focado em matemática e ciências da natureza.  

MN: Por falar em redação, o grande desafio deste ano é a nota máxima? 

WS: Verdade, até porque falta um tantinho de nada pra gente cravar mil pontos. No último Enem, por exemplo, tivemos alunos com 980 pontos. A cima de 900, já perdemos a conta da quantidade. Como estímulo, a secretaria estadual de Educação vai premiar tanto estudante quanto professor – smartphone e viagem a Salvador.  

MN: Preocupa a crise atual vivida pelo Inep com a saída de 35 servidores? 

WS: E como! Ainda mais ao trazerem à tona que uma pessoa estranha ao instituto teve acesso a questões do exame, quebrando a inviolabilidade das provas. Não bastasse, o ministro da Educação diz que o tema da redação pode ser mais livre em 2021. Sei não, mas tenho a impressão que, mais uma vez, o Enem será marcado por críticas e incertezas. 

MN: Em que governo surgiu tal projeto e com qual objetivo? 

WS: No primeiro mandato de Wellington Dias, entre os anos de 2003 e 2006, tendo por objetivo a inclusão universitária de alunos da rede estadual de ensino. Oriundo de escola pública, ele topou na hora implantar o projeto quando eu levei a proposta. De lá para cá, já foram mais de 60 mil aprovações, incluindo o primeiro lugar para medicina na UESPI, em 2009, com a aluna Renata Patrícia. Implementado pela secretaria estadual de Educação, recebeu, no início, o nome de Cursinhos Populares; hoje, desde 2015, é conhecido por Pré-Enem Seduc.  

MN: Quantos pessoas formam essa equipe diretamente ligada a você? 

WS: Somos apenas cinco, eu e mais quatro parceiros competentíssimos: Karoline Mendes, Hildalene Pinheiro, José Carlos Elias (Feijão) e Felipe Lopes. Fora o timaço de professores que ministra as aulas, cedidos pelo Canal Educação e alguns convidados. Bom destacar que sem o apoio da Viviane Holanda, diretora da Mediação Tecnológica, Lourdes Lopes, superintendente de Ensino Superior, Mazé Mendes, diretora da Unidade de Ensino/Aprendizagem, e do Ellen Gera, nosso comprometido secretario de Educação, o sucesso do projeto não teria chagado tão longe, a ponto de servir de modelo a outros estados da federação.   

 

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