Após o primeiro foco de gripe aviária no Brasil ser confirmado nesta quinta-feira (15) em uma granja comercial localizada em Montenegro (RS), a doença, que já circula no mundo há mais de duas décadas, aumenta o questionamento sobre a possibilidade de infectar seres humanos.
Também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, mas também pode acometer humanos, no entanto, com um baixo risco e chegou ao território brasileiro em 2023.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Entre os principais sintomas apresentados nas aves, estão dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade.
Todas as suspeitas de gripe aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária.
SERES HUMANOS PODEM CONTRAIR?
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a resposta é sim — mas o risco é considerado baixo.
O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas, vivas ou mortas.
Cuidados necessários
A transmissão para humanos acontece, principalmente, quando há contato direto com secreções e fluídos de aves contaminadas, estejam elas vivas ou mortas. Isso inclui fezes e secreções respiratórias, pelas quais o vírus é eliminado. Por isso, o Ministério da Agricultura orienta que as pessoas não toquem nem recolham aves doentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também alerta que objetos ou água contaminados com essas secreções podem ser fonte de infecção. Já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos observa que os casos em humanos costumam ocorrer após exposição sem proteção adequada, como a ausência de máscara ou proteção ocular.
Quem está mais exposto ao vírus?
O maior risco é para pessoas que lidam diretamente com aves infectadas. Isso inclui criadores, tratadores e profissionais envolvidos em ações de controle sanitário. O Ministério alerta:
O risco para humanos existe para quem manuseia o animal, quer sejam os tratadores, no dia a dia, ou o profissional que vai recolher carcaças de animais que morreram fruto desse vírus.