A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (RS) confirmou, em entrevista a jornalistas realizada nesta sexta-feira (16), a morte de cisnes e patos no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul (a 34 km de Porto Alegre) em decorrência da gripe aviária. Embora o número exato ainda esteja sendo apurado, a estimativa inicial é de cerca de 90 mortes causadas pelo vírus.
Com essa confirmação, o Rio Grande do Sul passa a contabilizar dois focos ativos da doença. O primeiro foi registrado em Montenegro, a 50 km de Sapucaia do Sul, em uma granja dedicada à reprodução animal, onde 35 aves testaram positivo para o vírus.
Cerca de 500 aves aquáticas estão atualmente isoladas no zoológico, que permanece fechado para visitação desde a última quarta-feira (14). Na data, a Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) já havia registrado a morte de 38 cisnes de diferentes espécies, além de patos. O fechamento do local foi feito de forma preventiva, enquanto as causas dos óbitos ainda estavam sendo investigadas.
Ainda não há previsão para a reabertura do zoológico. Para evitar a disseminação do vírus entre outros animais, a secretaria informou que o recolhimento e a destinação adequada das carcaças estão sendo realizados o mais rápido possível.
EMERGÊNCIA ZOOSSANITÁRIA
Na manhã desta sexta-feira, também foi confirmada a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em uma granja de aves comerciais no município de Montenegro (RS). Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), este é o primeiro foco da doença registrado em sistema de avicultura comercial no país.
A granja onde houve a confirmação de casos de influenza H5N1 era dedicada à reprodução animal -35 aves tinham o vírus.
O ministro Carlos Fávaro decretou emergência zoossanitária por 60 dias em Montenegro (RS), após a confirmação de gripe aviária. China e União Europeia suspenderam as importações de carne de frango brasileira pelo mesmo período, conforme cláusulas contratuais. Outros países, como Argentina, Reino Unido, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes, também devem impor restrições ao produto gaúcho.
(Com informações da FolhaPress - Júlia Galvão)