Prisioneiro é executado por asfixia com nitrogênio pela primeira vez nos EUA

Os agentes colocaram uma máscara no rosto de Smith, fazendo com que ele inalasse gás nitrogênio puro, resultando em morte por falta de oxigênio

Prisioneiro é executado por asfixia com nitrogênio nos EUA | Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O Alabama, nos Estados Unidos, executou pela primeira vez nesta quinta-feira (25), um prisioneiro por meio de asfixia com nitrogênio. Kennet Eugene Smith, de 58 anos, foi condenado à morte por homicídio praticado no ano de 1988. A execução do homem ocorreu por volta das 23h25 no Brasil.

Após mais de 30 anos de inúmeras tentativas de manipular o sistema, o Sr. Smith enfrentou as consequências de seus crimes hediondos. Os agentes colocaram uma máscara no rosto de Smith, fazendo com que ele inalasse gás nitrogênio puro, resultando em morte por falta de oxigênio.

Cinco jornalistas foram autorizados a testemunhar a execução, afirmando que o prisioneiro parecia consciente por vários minutos, começando a tremer em seguida. Relataram que Smith se contorceu na maca por cerca de dois minutos, antes de começar a respirar profundamente até desacelerar.

"Smith parecia estar segurando a respiração o máximo que pôde", disse o comissário penitenciário do Alabama, John Hamm.

Antes da execução, autoridades do Alabama expressaram, em documentos judiciais, a expectativa de que Smith ficaria inconsciente em menos de um minuto e morreria pouco depois. No entanto, Hamm afirmou que Smith tentou lutar e enfrentou uma "respiração agoniante", e que tudo ocorreu conforme o esperado.

Execução

Esta é a primeira vez que um novo método de execução é utilizado nos EUA desde 1982, quando começaram a aplicar a injeção letal. O pastor de Smith, Jeff Hood, destacou que não se pode normalizar a morte por sufocação de uma pessoa. Antes da morte, o estado do Alabama afirmou que o gás nitrogênio deixaria Smith inconsciente em segundos, com a morte ocorrendo em minutos.

Smith é uma das poucas pessoas que sobreviveram a uma tentativa de morte pelo Estado. Em 2022, tentaram executá-lo com injeção letal, mas não encontraram uma veia adequada, resultando em desistência.

Tentativas de última hora

Os advogados fizeram duas tentativas de última hora para impedir a execução. Argumentaram à Suprema Corte dos EUA que um condenado à morte não pode ser submetido a duas tentativas de execução, pedido que foi negado. Também entraram com recurso em um tribunal de apelações, alegando possíveis problemas com a máscara e risco de dano ao cérebro, mas o tribunal negou o pedido. A Suprema Corte, posteriormente, autorizou a execução.

Quem era Smith

Condenado por matar uma mulher em 1988, o assassinato foi encomendado pelo marido dela, um pastor, segundo a acusação. O marido se suicidou. A condenação ocorreu em 1996. Outro homem envolvido no homicídio já foi executado pelo estado do Alabama.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES