Vladimir Putin, presidente em exercício da Rússia, conquistou uma vitória esmagadora nas eleições russas, garantindo sua permanência no poder até 2030, conforme confirmado pela TV estatal Russia-24. Com resultados iniciais apontando uma impressionante margem de 88% dos votos até por volta das 15h35 deste domingo (17), o favoritismo de Putin foi amplamente confirmado após três dias de votação, que começaram na sexta-feira (15) e encerraram neste domingo (17) às 15h (horário de Brasília).
QUATRO CANDIDATOS NA DISPUTA: A eleição ocorreu em um país vasto, com uma população de 141 milhões de habitantes e adotou um sistema de votação em três dias para abranger regiões com 11 fusos horários diferentes. Mais de 8 milhões de pessoas votaram online, segundo dados oficiais. Entretanto, a ausência de concorrentes reais devido ao controle do governo sobre o processo eleitoral gerou controvérsias. Os outros três candidatos, todos deputados, foram considerados fantoches de Putin, apoiando suas políticas no Parlamento.
MORTE DO PRINCIPAL OPOSITOR: Este ano, a eleição ocorreu em meio a uma atmosfera de repressão crescente, com a morte do principal opositor de Putin, Alexei Navalny, em fevereiro. Navalny, líder da oposição russa, foi homenageado durante os dias de votação, com protestos contra Putin e demonstrações de apoio à sua causa. No entanto, a máquina estatal reprimiu qualquer forma de dissidência, com casos de vandalismo em locais de votação e a imposição de leis que criminalizam críticas à guerra na Ucrânia, destacando um ambiente político cada vez mais autoritário.
Além do contexto eleitoral interno, a Rússia enfrenta desafios externos significativos, com a guerra em curso na Ucrânia e recentes incursões militares ucranianas em território russo. Putin, que justifica a invasão da Ucrânia como uma medida para proteger russos étnicos na região leste do país vizinho, prometeu continuar suas políticas assertivas na região. Com a promessa de estender sua permanência no poder até 2036, Putin mantém-se como uma figura dominante na política russa, consolidando seu legado e influência geopolítica.
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