Nesta sexta-feira (16), o serviço penitenciário da região de Yamalo-Nenets, onde cumpria pena há cerca de três anos, informou que o opositor russo Alexei Navalny morreu na prisão. O Serviço Penitenciário Federal divulgou que Navalny passou mal após uma caminhada e perdeu a consciência. Apesar dos esforços de uma ambulância, não foi possível reabilitá-lo.
O governo russo ainda não confirmou a causa da morte, e não houve pronunciamento imediato da equipe de Navalny.
Navalny, de 47 anos, era um ex-advogado conhecido por satirizar a elite de Vladimir Putin e denunciar casos de corrupção. Em 2021, foi detido ao retornar da Alemanha, onde tratou uma suspeita de envenenamento. Sentenciado a cumprir pena até os 74 anos, alegava que as acusações eram forjadas para afastá-lo da política.
O opositor havia anunciado sua candidatura presidencial em 2016, mas a Comissão Eleitoral Central da Rússia o impediu de concorrer devido a condenações. Em 2018, protestos contra a eleição de Putin foram convocados por Navalny, proibido de participar.
Rotina na prisão e transferência para o "Lobo Polar"
Enquanto estava preso, Navalny compartilhou sua rotina nas redes sociais, destacando a dificuldade de ouvir músicas patrióticas pró-Putin durante exercícios matinais. Ele estava na prisão conhecida como "Lobo Polar", considerada uma das mais difíceis da Rússia, com temperaturas de até -28°C.
A porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, acreditava que a transferência para esse local remoto tinha o objetivo de isolá-lo e dificultar o acesso de advogados e aliados.
A morte de Navalny intensifica as preocupações sobre os direitos humanos e a liberdade de oposição na Rússia, levantando questões sobre o tratamento dado a opositores políticos no país. O governo russo enfrenta agora a pressão internacional para esclarecer as circunstâncias da morte do líder opositor.
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