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Líder da oposição venezuelana, María Corina Machado vence Nobel da Paz

Líder opositora venezuelana foi reconhecida por sua defesa pacífica da democracia e dos direitos humanos em meio à crise política no país.

María Corina Machado | Foto: Reprodução/X
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A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, foi anunciada nesta sexta-feira (10) como a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, segundo o Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo. A opositora venezuelana foi reconhecida “por seus esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”. O prêmio é de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 6,2 milhões.

‘Uma das vozes mais corajosas da América Latina’

Segundo o Comitê Norueguês do Nobel, María Corina Machado foi escolhida por representar “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”. O comunicado descreve a opositora como uma figura unificadora em um cenário político antes fragmentado, capaz de reunir grupos rivais em torno da defesa de eleições livres e da restauração do Estado de Direito.

“A democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem”, destacou o comitê.

Fundadora do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos para fiscalizar eleições e promover o voto livre, Machado se tornou símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueio de candidatura e ameaças à própria vida — mas, ainda assim, decidiu permanecer na Venezuela.

“Ela manteve-se no país, mesmo sob grave risco, inspirando milhões de pessoas”, afirmou o Comitê Norueguês.

MARÍA CORINA MACHADO - Foto: Reprodução/INSTAGRAM

Quem é María Corina Machado

Nascida em 1967, na Venezuela, María Corina Machado é uma das principais líderes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro. Engenheira e com formação em finanças, iniciou a carreira no setor privado antes de dedicar-se à política e à defesa dos direitos civis.

Fundadora da Súmate, organização voltada à promoção de eleições livres e transparentes, Machado foi deputada da Assembleia Nacional em 2010, mas expulsa em 2014 pelo governo chavista. Desde então, comanda o partido Vente Venezuela e segue como símbolo da resistência.

Em 2023, teve sua candidatura à Presidência barrada, apoiando nas eleições de 2024 o opositor Edmundo González Urrutia, cuja vitória foi negada pelo regime.

Segundo o Comitê Norueguês do Nobel, Machado recebe o Prêmio Nobel da Paz de 2025 “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos e na luta por uma transição pacífica para a democracia”.

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