SEÇÕES

Autor húngaro László Krasznahorkai ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2025

Romancista húngaro é conhecido por livros com temas distópicos, como 'Sátántangó' e 'Melancolia da resistência'

Autor húngaro László Krasznahorkai | Foto: Getty Images
Siga-nos no

O húngaro László Krasznahorkai foi contemplado com o Prêmio Nobel de Literatura 2025. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (9) pela Academia Sueca. Segundo o comitê, o escritor foi premiado “por sua obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”. O valor do prêmio neste ano foi definido em 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,2 milhões).

Quem é László Krasznahorkai

László Krasznahorkai, nascido em 1954 na cidade de Gyula, Hungria, é reconhecido por seus romances exigentes e distópicos, com forte tom filosófico, como “Sátántangó” e “Melancolia da resistência”.

Especializado em latim, Krasznahorkai formou-se em Direito pela Universidade József Attila (JATE), hoje Universidade de Szeged, e pela Universidade Eötvös Loránd (ELTE), anteriormente Universidade de Budapeste.

Em 1985, László Krasznahorkai publicou “Sátántangó”, obra que o revelou como escritor. O romance retrata moradores desamparados em uma fazenda na Hungria rural, pouco antes da queda do comunismo, e foi adaptado para o cinema por Béla Tarr em 1994.

Ao longo da carreira, Krasznahorkai viveu fora da Hungria, em cidades como Berlim Ocidental, Kyoto e Nova Iorque, experiências que influenciaram sua obra a partir dos anos 1990. Entre os diversos prêmios recebidos, destaca-se o Man Booker International Prize, conquistado em 2015 pelo conjunto da obra.

Imagem: Reprodução/Instagram

O que é o Prêmio Nobel

O Prêmio Nobel foi criado pelo químico e empresário Alfred Nobel, inventor da dinamite em 1867, que destinou a maior parte de sua fortuna para premiar contribuições em física, química, medicina, literatura e paz (o de economia foi criado posteriormente).

O testamento de Nobel estabelecia que os prêmios fossem concedidos a quem tivesse conferido o “maior benefício à humanidade” no ano anterior. Hoje, segundo Juleen Zierath, do Instituto Karolinska, essa regra não é mais estritamente seguida, e descobertas podem ser premiadas tanto em estágios iniciais quanto avançados da carreira do pesquisador.

Leia Mais
Tópicos
Carregue mais
Veja Também