Com mais de 20 mil homens e mulheres das Forças Armadas engajados na Operação Taquari 2, dedicada ao resgate e contenção dos efeitos devastadores das enchentes no Rio Grande do Sul, é similiar a uma verdadeira campanha militar. Tais palavras foram expressas pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pelo comandante do Exército, Tomás Paiva, durante uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (10), na qual detalharam os avanços dessa gigantesca mobilização.
Quadro: O cenário se assemelha a uma resposta militar a um conflito em larga escala. O ministro da Defesa enfatizou o comprometimento e solidariedade com o povo gaúcho, destacando a determinação em superar essa crise.
Prejuízos: Os estragos ocasionados pelas chuvas e enchentes atingiram cerca de 435 municípios gaúchos, afetando milhares de pessoas. Os números são impressionantes: mais de 69 mil indivíduos abrigados, mais de 337 mil desalojados, além de centenas de feridos, desaparecidos e vítimas fatais, evidenciando a magnitude do desastre natural.
Horas de trabalho: As operações de resgate também atingiram proporções sem precedentes, com mais de 650 horas de voo dedicadas ao socorro de pessoas em situação de risco. O tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno destacou que mais de 2.167 resgates aéreos foram realizados, uma marca histórica para o país, incluindo evacuações médicas de urgência.
Logística: A Força Aérea Brasileira (FAB) desempenhou um papel crucial na logística de entrega de doações, arrecadando toneladas de suprimentos e garantindo sua distribuição. Enquanto isso, a Marinha enviou o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, equipado com recursos médicos e de tratamento de água, para fornecer assistência essencial às áreas afetadas.
Desafios: No entanto, mesmo diante desse esforço monumental, os desafios persistem, incluindo a disseminação de informações falsas que desacreditam a atuação das forças envolvidas. O ministro da Defesa denunciou a propagação de fake news e enfatizou a importância de combater a desinformação em um momento tão crítico. Para tanto, órgãos como a Polícia Federal e a Advocacia Geral da União foram acionados para identificar e responsabilizar os autores dessas notícias enganosas.