Na quinta-feira (9), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um pacote de R$ 7,7 bilhões para baratear crédito a empresas e produtores rurais no Rio Grande do Sul, que está em estado de calamidade pública devido às enchentes. As medidas incluem aportes em fundos garantidores de operações de crédito, subvenção para reduzir taxas de juros e recursos para projetos e seguro-desemprego.
CÁLCULOS DA FAZENDA: Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, esses recursos devem alavancar R$ 39 bilhões em novos financiamentos, com R$ 6,5 bilhões de juros subsidiados pela União. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a primeira etapa do pacote é essencial para garantir um fluxo de recursos imediato ao estado até que uma avaliação mais detalhada das necessidades seja realizada.
TAXA DE JUROS: O ministro Rui Costa, da Casa Civil, já havia mencionado, na quarta-feira (8), que o governo subsidiará taxas de juros para pequenos empresários e produtores rurais contraírem empréstimos com custos reduzidos durante a crise climática. Grandes empresas poderão contar com garantias do Fundo Garantidor de Operações (FGO), permitindo a contratação de financiamentos com taxas mais baixas.
SUSPENSÃO DA DÍVIDA DO RS: O governo federal também planeja, em uma etapa posterior, suspender a dívida do estado para permitir investimentos na recuperação da infraestrutura afetada. O estado do Rio Grande do Sul contabiliza, até agora, 107 mortes decorrentes das chuvas, além de 136 desaparecidos e 374 feridos. A Defesa Civil informou que há mais de 67 mil desabrigados e 163 mil desalojados devido aos temporais.
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