A Caixa Econômica Federal divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2023, registrando um lucro líquido recorrente de R$ 1,9 bilhão, com queda de 5,3% em relação ao último período de 2022. Em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, a redução foi ainda maior, de 23,9%.
A carteira de crédito total do banco, com saldo superior a R$ 1 trilhão, apresentou crescimento de 16,6% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Já o crédito imobiliário teve um saldo de R$ 659,3 bilhões, com crescimento de 14,4% e a Caixa manteve a liderança no mercado, com 66,5% de participação.
O crédito consignado, por sua vez, alcançou R$ 103,2 bilhões, registrando um crescimento de 20,4%, enquanto o crédito ao agronegócio cresceu 18%, com saldo de R$ 8,1 bilhões. O financiamento à infraestrutura teve um saldo de R$ 97,4 bilhões, representando um aumento de 5,7%.
O índice de inadimplência, por sua vez, ficou em 2,73% no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, a Caixa esclareceu que esse aumento foi influenciado por um cliente específico do setor de saneamento/infraestrutura e que, desconsiderando esse efeito, o índice seria de 2,38%.
O patrimônio líquido do banco cresceu 5,4% em 12 meses, alcançando R$ 124,5 bilhões, enquanto o Índice de Basileia, que indica a capacidade do banco de emprestar considerando os recursos próprios e a ponderação de riscos de perdas, ficou em 17,6%, superior em 6,1 pontos percentuais ao mínimo regulatório.
Conforme Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado pelo Banco Central (BC), em 2022, os bancos alcançaram lucro líquido de R$ 139 bilhões, o que representa uma alta de 2% em relação ao ano de 2021. Apesar do crescimento depois da recupeção em 2021 e um crescimento no primeiro semestre do ano passado, os bancos tiveram uma redução na rentabilidade no segundo semestre de 2022.