Banco do Brasil anuncia R$ 240 bilhões para financiar o Plano Safra

Montante representa um aumento de 27% em relação aos R$ 188 bilhões disponibilizados na safra anterior (2022/2023).

Banco do Brasil anuncia recursos para o Plano Safra | Ricardo Stuckert
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O Banco do Brasil (BB) divulgou na sexta-feira (30) que vai disponibilizar R$ 240 bilhões para financiar o Plano Safra 2023/2024, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (27). O montante de R$ 240 bilhões representa um aumento de 27% em relação aos R$ 188 bilhões disponibilizados na safra anterior (2022/2023), que se encerra em 30 de junho.

O Banco do Brasil é reconhecido como a instituição financeira do País que mais investe no agronegócio brasileiro e, de acordo com a presidente da instituição financeira, Tarciana Medeiros, os produtores agropecuários que pretendem obter crédito rural podem enviar as propostas a partir de segunda-feira (3). "O Banco do Brasil é um grande parceiro do agronegócio e da agricultura familiar. Já a partir de segunda-feira, nos procurem. Estaremos de portas abertas nas agências bancárias para receber as propostas. E dinheiro não será um problema", afirmou.

Luiz Gustavo Lage, vice-presidente de Agronegócios do BB, ressaltou que o volume de recursos financeiros anunciado é o maior já disponibilizado pela instituição para um Plano Safra e detalhou os segmentos beneficiados. Do total de recurso disponibilizado, R$ 48 bilhões para o financiamento de pequenos e médios produtores, R$ 139 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 53 bilhões para a cadeia de valor do agronegócio, que engloba empresas desde o fornecimento de insumos até a comercialização final dos produtos.

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Lage ressaltou que os mesmos R$ 240 bilhões serão aplicados nas seguintes finalidades: R$ 121 bilhões para linhas de custeio, R$ 42 bilhões para operações de investimentos, R$ 24 bilhões para operações de comercialização e industrialização no campo, e os restantes R$ 53 bilhões para outros tipos de crédito, como títulos do agronegócio e capital de giro.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou um aumento de aproximadamente 80% nos investimentos das linhas de crédito bancárias para a construção de armazéns nas propriedades rurais, com taxas de juros de 7% ao ano. Para outros fins, o incremento nos recursos será de 60%, com juros anuais de 10,5%.

"Atualmente, há uma grande falta de armazenagem no Brasil. À medida que a safra cresce, é necessário ter mais armazéns para armazenar os grãos, proporcionando tranquilidade e prazo para a comercialização, tornando os produtores mais competitivos", disse Fávaro, informando ainda que os produtores rurais que adotarem boas práticas de sustentabilidade ambiental no campo terão descontos nos juros dos financiamentos concedidos por bancos e instituições financeiras. Ele explicou que produtores com Cadastro Ambiental Rural validado e sem passivo ambiental terão uma redução de meio ponto percentual nos juros. 

“Meio porcento de juros a menos àqueles produtores que já tem Cadastro Ambiental Rural validado e sem passivo ambiental. É uma grande evolução, pelo aspecto de incentivar que outros [produtores] e, também, o Estado se aperfeiçoem e venham fazer o cadastro ambiental ser mais rápido e, assim todos terão este grau de sustentabilidade”, explicou.

Para o ministro, a essência do plano é revelar ao mundo que os produtores brasileitos atuam com alta tecnologia, têm boa produtividade e respeitam o meio ambiente. “Perdemos espaço para produção de alimentos como o arroz, feijão, mandioca, legumes, verduras e frutas que vão à mesa do povo brasileiro. Nós temos o desafio de alimentar melhor o povo brasileiro, tirá-lo da insegurança alimentar grave para se alimentar bem; e a outra metade, se alimentar ainda melhor”, planeja o ministro Paulo Teixeira.

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