Corte federal rejeita pedido de Trump para anular vitória de Biden

Com a vitória, Biden conquistou os 20 delegados do estado no Colégio Eleitoral.

Trump e Joe Biden | Divulgação
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Uma corte federal de apelações nos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (27) o pedido dos advogados do presidente Donald Trump de bloquear a certificação da vitória de Joe Biden no estado da Pensilvânia. 

A certificação foi emitida na terça-feira e os advogados do presidente tentavam revertê-la. Com a vitória, Biden conquistou os 20 delegados do estado no Colégio Eleitoral.

Segundo o veredito do juiz Stephanos Bibas, as alegações da campanha de Trump “não têm mérito”.

“Eleições livres e justas são a força vital da nossa democracia. As acusações de injustiça são graves. Mas chamar uma eleição de injusta não significa que ela o seja. As acusações exigem alegações específicas e, em seguida, provas. Não temos nenhuma das duas coisas aqui”, diz ainda a sentença enviada a um painel de três juízes.

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Mesmo assim, a equipe de Trump afirmou que pretende recorrer à Suprema Corte.

O caso foi discutido na semana passada em um tribunal inferior pelo advogado de Trump, Rudy Giuliani, que insistiu durante cinco horas de argumentos orais que a eleição presidencial de 2020 foi marcada por fraude generalizada na Pensilvânia. No entanto, segundo a agência Associated Press, Giuliani não apresentou nenhuma prova tangível disso no tribunal.

O juiz distrital dos EUA, Matthew Brann, disse que a reclamação cheia de erros da campanha, "como o Monstro de Frankenstein, foi costurada a esmo" e negou a Giuliani o direito de alterá-la pela segunda vez.

O Tribunal de Apelações do 3º Circuito dos EUA considerou essa decisão justificada. Os três juízes do painel foram todos nomeados por presidentes republicanos, incluindo Bibas, um ex-professor de direito da Universidade da Pensilvânia nomeado por Trump.

"Fraude em massa"

Em uma mensagem no Twitter, Trump voltou a insistir nesta sexta-feira que houve fraude nas eleições, desta vez questionando os mais de 80 milhões de votos recebidos por seu adversário.

"Biden só pode entrar na Casa Branca como presidente se puder provar que seus ridículos “80 milhões de votos” não foram obtidos de forma fraudulenta ou ilegal. Quando você vê o que aconteceu em Detroit, Atlanta, Filadélfia e Milwaukee, fraude eleitoral em massa, ele tem um grande problema sem solução!", escreveu.

O post foi publicado um dia depois de Trump dizer que deixará a Casa Branca caso o Colégio Eleitoral confirme a vitória de Biden nas eleições, o mais próximo até agora de uma admissão de sua derrota em 3 de novembro.

Logo depois, porém, ele acrescentou: "Mas eu acredito que muitas coisas vão acontecer entre agora e o dia 20 de janeiro. Muitas coisas", disse. "Fraudes massivas foram descobertas. Somos como um país de Terceiro Mundo."

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