Diversos veículos da imprensa americana passaram a projetar na quinta-feira (12) a vitória do democrata Joe Biden no Arizona. No mesmo dia, o republicano Donald Trump foi declarado vencedor no Alasca, mas ambos os resultados não alteram a eleição presidencial americana.
Trump ainda não reconheceu a derrota e disse que vai recorrer à Justiça. Sem apresentar provas, o atual presidente reclama de uma suposta fraude na apuração de alguns estados em que perdeu. Mas, até agora, nenhuma autoridade reportou qualquer irregularidade na contagem dos votos.
A agência de notícias Associated Press já havia declarado Biden vencedor no Arizona no dia 5, mas outros veículos de comunicação, como o canal de televisão CNN e o jornal "The New York Times", ainda consideravam a disputa em aberto até ontem.
A projeção do resultado feita por estatísticos a serviço de institutos e meios de comunicação não é oficial, mas historicamente é aceita pela sociedade americana em eleições presidenciais (entenda como funciona).
Com 99% dos votos projetados no Arizona, Biden tem 49,41% dos votos e Trump, 49,07% (diferença de 0,34 ponto percentual). Agora, apenas a Carolina do Norte e a Geórgia seguem com a apuração ainda em aberto.
Biden é o segundo democrata a ganhar no estado desde 1948, quando Harry Truman venceu. Em 1996, Bill Clinton também conquistou uma pequena vantagem e levou os votos do estado no Colégio Eleitoral.
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2 estados ainda indefinidos
O republicano lidera por 1,3 ponto percentual na Carolina do Norte (50,03% a 48,73%) e o democrata, por 0,28 ponto na Geórgia (49,52% a 49,24%).
Biden tem 290 votos no Colégio Eleitoral, 20 a mais que o necessário para ser declarado o 46º presidente dos Estados Unidos. Já Trump tem 217 delegados e, com a derrota, se tornou o primeiro presidente a não se reeleger desde 1992.
Se ambos os resultados se confirmarem, o placar final no Colégio Eleitoral ficará 306 delegados para o democrata contra 232 para o republicano. Em 2016, Trump derrotou Hillary Clinton exatamente pelo mesmo placar.