Após um ano da morte do magnata americano John McAfee, na prisão catalã de Brians 2, o corpo do criador do antivírus continua em um necrotério na Espanha. O motivo da demora é por conta da família de McAfee pedir mais investigações sobre a causa da morte, depois que uma autópsia determinou que o empresário morreu por suicídio.
John lançou o primeiro software antivírus comercial do mundo em 1987. Ele foi encontrado morto no dia 23 de junho de 2021 poucas horas depois que o Tribunal Superior da Espanha autorizou sua extradição para os Estados Unidos por acusações de evasão fiscal.
Investigação
Pouco depois de sua morte, a viúva de McAfee disse que ele não era suicida e que buscaria "respostas".
"É difícil colocar em palavras como foi a vida no ano passado", twittou Janice McAfee na quinta-feira, pedindo aos usuários que assinem uma petição online para ajudar a pressionar as autoridades espanholas a liberar os restos mortais de McAfee.
A família de McAfee considerou ainda que a autópsia original está incompleta e pediu mais verificações, que foram negadas por um juiz local, afirmou o advogado Javier Villalba, na quarta-feira.
Acusado de evasão fiscal
A Justiça espanhola havia autorizado a extradição de McAfee para os Estados Unidos, onde ele era acusado de infração fiscal. Ainda havia a possibilidade de recurso e a autorização deveria ser aprovada pelo governo espanhol.
De acordo com o pedido de extradição dos EUA, protocolado em novembro de 2020, McAfee ganhou mais de US$ 12 milhões entre 2014 e 2018 sem declarar impostos. As autoridades americanas emitiram um mandado de captura pela Interpol e solicitaram sua extradição.