Uma das histórias mais impressionantes da Olimpíadas parecia passar despercebida: A história de Zhiying Zeng, uma mesa-tenista de 58 anos que representa o Chile nos Jogos Olímpicos. Após décadas sem praticar o esporte, Zeng voltou à ativa e realizou, mesmo na derrota, um sonho que estava guardado desde o século passado.
Nascida em Guangzhou, na China, no ano de 1966, Zeng começou no esporte por influência de sua mãe, que era reinadora de tênis de mesa. Em 1986, uma regra mudou, e com ela todo o desempenho da atleta também foi transformado: A regra determinava cores diferentes para os lados da raquete. Zeng foi prejudicada, já que uma de suas estratégias era confundir oponentes com batidas de diferentes efeitos, com uma rotação pouco perceptível do equipamento.
Com a baixa no desempenho, Zeng se aposentou como jogadora aos 20 anos, e pouco depois, mudou-se para o Chile e treinou vários times de tênis de mesa. Em 2003, Zeng retomou a prática do esporte para incentivar o filho de 13 anos, seguindo os passos de sua mãe. A atleta conquistou dois títulos nacionais em 2004 e 2005, mas logo voltou à aposentadoria.
COVID JUNTOU ZENG AO TÊNIS DE MESA:
Foi no período de isolamento social, consequência da pandemia de covid-19 que Zeng voltou a pegar a raquete e praticar o esporte que tantou amou a vida toda. Vieram as vacinas e a retomada da vida normal, mas ela não queria mais largar o tênis de mesa. Zeng defendeu o Chile no Campeonato Sul-Americano de 2023, conquistando o título por equipe.
Zeng é um exemplo de que não há uma idade, mas sim um momento certo para que seus sonhos se realizem, e ainda não é momento de parar de sonhar, pelo que disse a atleta:
"Foi uma experiência única. Competições são assim. Ganha e perde. Tem que se tomar como positivo. Há muitos campeonatos no futuro"