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Defesa de Bruno Henrique se pronuncia sobre mensagens: “Nunca esteve envolvido”

O advogado criminalista Ricardo Pieri Nunes, responsável pela defesa do jogador, afirmou que as mensagens estão sendo interpretadas fora de contexto.

Jogador corre o risco de ser suspenso por até dois anos ou até mesmo banido do futebol, | Foto: AdrianoFontes/CRF
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A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por supostamente ter forçado um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo as investigações, a atitude teria beneficiado apostadores. O relatório produzido pela PF inclui prints de conversas entre o jogador e seus familiares nos dias que antecederam o confronto, sugerindo indícios de combinação para manipular o resultado de apostas esportivas.

O caso foi tema de uma reportagem exibida neste domingo (20) pelo programa Fantástico, da TV Globo. Nela, o advogado criminalista Ricardo Pieri Nunes, responsável pela defesa do jogador, afirmou que as mensagens estão sendo interpretadas fora de contexto. O defensor sustenta que o conteúdo das conversas foi distorcido e que não há provas concretas de que Bruno Henrique tenha se envolvido em qualquer tipo de manipulação.

Em nota oficial enviada pela defesa, Bruno Henrique foi descrito como um atleta conhecido por sua simplicidade e comprometimento com o futebol. “Nunca esteve envolvido em esquemas de apostas. Pelo contrário, acredita que o negócio de apostas deveria sofrer cada vez mais restrições pelas autoridades”, diz o comunicado. A nota também reforça que o jogador confia na Justiça para esclarecer os fatos e corrigir o que considera uma injustiça.

Ainda segundo a defesa, a divulgação indevida das mensagens privadas tem gerado interpretações equivocadas, prejudicando a imagem do jogador. O advogado garante que tudo será devidamente esclarecido ao longo do processo e que Bruno Henrique permanece tranquilo quanto ao andamento do caso, mantendo a confiança no Poder Judiciário.

envolvimento no caso

Ricardo Pieri Nunes tem um histórico de atuação junto ao clube carioca. Em 2019, ele foi um dos advogados do Flamengo no caso da tragédia do Ninho do Urubu, quando dez atletas das categorias de base morreram em um incêndio no alojamento do centro de treinamento. Em 2020, defendeu o próprio Bruno Henrique, acusado de falsificar uma carteira de habilitação.

O jogador também já havia enfrentado a Justiça em 2022, quando, após confessar o uso de documento falso, firmou um acordo de Não Persecução Penal (NPP). Na ocasião, Bruno Henrique pagou uma multa de R$ 100 mil e destinou recursos a quatro instituições sem fins lucrativos, encerrando o caso sem maiores sanções.

Agora, o atacante responde ao artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata de fraudes em resultados de competições esportivas. A pena prevista varia de dois a seis anos de prisão. Bruno Henrique também foi enquadrado por estelionato, crime com pena de um a cinco anos de reclusão. Se condenado em ambas as acusações, pode enfrentar uma pena combinada de até 11 anos.

No campo esportivo, o jogador corre o risco de ser suspenso por até dois anos ou até mesmo banido do futebol, caso as acusações sejam comprovadas. A denúncia faz parte da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em 2023, que já puniu diversos atletas por envolvimento em esquemas de apostas. Apesar da polêmica, Bruno Henrique viajou neste domingo com o elenco rubro-negro para Quito, no Equador, onde o Flamengo enfrentará a LDU nesta terça-feira (23), às 19h, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores.

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