A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo as investigações, o jogador teria forçado um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, na 31ª rodada, para beneficiar apostadores – entre eles, seu próprio irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. 🚨
Mais envolvidos
Além de Bruno Henrique e Wander, também foram indiciadas Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima do atleta), que teriam realizado apostas relacionadas ao lance investigado. Um segundo grupo de envolvidos, composto por amigos do irmão do jogador, também foi alvo do inquérito e responde por estelionato.
Lei Geral do Esporte
Segundo apuração do jornalista Leonardo Lourenço, G1, o indiciamento de Bruno Henrique e de seu irmão se baseia no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata da tentativa de fraudar competições esportivas, além do crime de estelionato. A pena combinada pode chegar a 11 anos de prisão. O atacante ainda não se manifestou oficialmente sobre o indiciamento, segundo sua assessoria.
O que diz as investigações
As investigações começaram após casas de apostas identificarem movimentações suspeitas: em uma delas, 98% das apostas envolvendo cartões amarelos foram feitas especificamente em cima de Bruno Henrique. Ele, que estava pendurado, levou o cartão nos acréscimos da derrota para o Santos, após falta em Soteldo e reclamação com o árbitro, que o expulsou na sequência.
Conversas
Mensagens obtidas pela PF reforçam a suspeita. Em uma conversa, Wander pergunta ao irmão quando ele receberia o terceiro amarelo, e Bruno responde: "Contra o Santos". A operação de busca e apreensão em novembro do ano passado incluiu o CT do Flamengo e a residência do jogador, onde seu celular foi apreendido.
Atleta disse estar tranquilo
Apesar das acusações, o Flamengo optou por manter o jogador no elenco. Após o título da Copa do Brasil, Bruno Henrique disse estar tranquilo e confiando na Justiça. O caso será agora avaliado pelo Ministério Público do Distrito Federal, que decidirá se oferece ou não denúncia formal contra os envolvidos ⚖️.