As castanhas, com presença garantida nas ceias de fim de ano, são deliciosas e nutritivas, mas também podem ser um risco. As oleaginosas são um dos principais alérgenos alimentares. A nutricionista clínica e funcional Andrea Ferrara, explica que as castanhas possuem proteínas específicas que podem ser reconhecidas pelo sistema imunológico como prejudiciais ao corpo. “Quando isso ocorre, o corpo responde de forma exagerada, liberando histamina e outras substâncias inflamatórias”, explica.
As castanhas mais alergênicas são as amêndoas, as do-Pará, as nozes, as avelãs, os pistaches e as macadâmias. “Além das castanhas, os amendoins também são conhecidos pelo alto potencial alérgico, apesar de serem leguminosas”, complementa.
A nutricionista Rejane Souza, do grupo Mantevida, ressalta que as proteínas das castanhas não se alteram com o cozimento, por isso o risco persiste quando o alimento aparece como ingrediente em outros preparos. “Essas proteínas são vistas pelo sistema imunológico como invasores, provocando uma resposta imune exagerada”, esclarece.
Os sintomas da alergia podem variar de leves a graves. A coordenadora do departamento científico da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Lucila Camargo, afirma que os sintomas mais comuns de alergias alimentares incluem reações cutâneas, como urticária, e problemas respiratórios. “Em casos graves, pode ocorrer anafilaxia, uma reação alérgica severa que pode levar à morte caso o tratamento não seja imediato”, destaca.
Outros sintomas de alergia alimentar incluem:
Coceira ou inchaço na boca, lábios, língua ou garganta;
Dificuldade para respirar;
Náuseas;
Vômitos;
Diarreia.
Para quem já sabe ser alérgico, Lucila recomenda sempre carregar um kit de medicamentos de emergência, incluindo adrenalina, além de seguir o plano de ação prescrito pelo médico de confiança.