Existem vários tipos de hepatite, no entanto, a hepatite C é uma das mais conhecidas e frequentes. Segundo a rede de saúde CUF, a hepatite C pode evoluir para doenças hepáticas graves, sendo a principal causa de câncer no fígado e uma das principais responsáveis pela cirrose.
Em entrevista à revista Parade, o médico Matthew Mintz destaca um sintoma que frequentemente é subestimado nos estágios iniciais da doença: a fadiga, que pode vir acompanhada de dores nas articulações.
"Nos primeiros seis meses, a hepatite pode se manifestar com sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, cansaço extremo e dores musculares", explica Mintz.
fadiga
O especialista também alerta que, em muitos casos, a hepatite pode não apresentar sintomas evidentes. A fadiga pode ser confundida com o início de uma gripe ou resfriado. Além disso, o médico ressalta que a dor abdominal pode ser um sinal importante. "Quando a cirrose está em desenvolvimento, os sintomas podem incluir icterícia e inchaço abdominal", afirma ele.
OUTROS SINTOMAS
Aproximadamente 80% das pessoas com hepatite C não apresentam sintomas. Para os 20% sintomáticos, o período entre a infecção e o início dos sintomas varia de 2 a 12 semanas. Os sintomas incluem principalmente febre, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, urina escura e icterícia.
Como os sintomas são geralmente leves e inespecíficos, o diagnóstico da hepatite C aguda pode passar despercebido. Assim, a testagem espontânea da população prioritária é imprescindível no combate à hepatite C.
DIAGNÓSTICO
Segundo o Ministério da Saúde, habitualmente, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após teste rápido de rotina ou por doação de sangue. Esse fato reitera a importância da realização dos testes rápidos ou sorológicos, que apontam a presença dos anticorpos anti-HCV.
Se o teste de anti-HCV for positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA) para confirmar a infecção ativa pelo vírus. Após esses exames o paciente poderá ser encaminhado para o tratamento, ofertado gratuitamente pelo SUS, com medicamentos capazes de curar a infecção e impedir a progressão da doença.
TRATAMENTO
O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 12 ou 24 semanas. Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, e possibilitam a cura da infecção na maioria dos casos.