O cortisol vem ganhando destaque nos últimos anos nas conversas sobre estresse, sono reparador, longevidade e produtividade. Popularmente conhecido como “hormônio do estresse”, ele é essencial para a sobrevivência, ajuda o corpo a lidar com situações de alerta e fornece energia imediata. Entretanto, quando seus índices permanecem elevados por longos períodos, pode prejudicar o metabolismo, enfraquecer o sistema imunológico e até mesmo afetar o equilíbrio emocional.
Segundo o neurocientista da Universidade de Stanford, Andrew Huberman, controlar os ritmos do cortisol ao longo da rotina é um dos passo importante para manter a saúde física e mental. Esse hormônio também tem um papel importante no cérebro, já que facilita a liberação de glicose, ajudando na memória e na concentração.
Mas como saber se estou com o cortisol elevado?
Alguns sinais e sintomas ajudam a identificar que está com o cortisol elevado, são eles:
- Sono de má qualidade: despertares frequentes à noite, sensação de que não descansou mesmo dormindo.
- Fadiga constante: cansaço ao acordar e falta de energia ao longo do dia.
- Aumento de peso, especialmente na região abdominal.
- Dificuldade de concentração e lapsos de memória.
- Irritabilidade, ansiedade ou sensação de estar “no limite” o tempo todo.
- Pressão alta ou palpitações.
- Queda de cabelo e alterações na pele, como acne ou ressecamento.
O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, e níveis elevados podem ser causados por distúrbios nas próprias glândulas, doenças ou pelo uso prolongado de corticoides. Para chegar ao diagnóstico preciso é necessário realizar alguns exames, geralmente de sangue, saliva ou urina, feitos pela manhã, em jejum, ou ao longo do dia para avaliar o ritmo de liberação do hormônio.
É essencial adotar um estilo de vida que promova o equilíbrio hormonal e reduza o estresse. Isso inclui manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, garantir um sono de qualidade e incorporar técnicas de relaxamento como meditação e respiração profunda. De acordo com o profissional, pequenos ajustes diários podem ajudar a regular a produção do hormônio. Alguns deles são:
- Tome sol pela manhã para alinhar o ritmo circadiano;
- Hidrate-se assim que acordar;
- Inclua alimentos como laranjas no café da manhã;
- Pratique exercícios físicos nas primeiras horas do dia;
- Consuma café apenas 30 a 60 minutos após acordar;
- À noite, evite telas, cafeína e pratique exercícios de relaxamento pelo menos duas horas antes de dormir.