Segundo os autores, o álcool contribui para o desenvolvimento do câncer por diferentes mecanismos biológicos. Um dos principais envolve o acetaldeído, substância tóxica produzida quando o organismo metaboliza o álcool, capaz de causar danos diretos ao DNA. Além disso, o consumo alcoólico pode provocar alterações hormonais, estresse oxidativo, enfraquecimento do sistema imunológico e facilitar a absorção de agentes cancerígenos.
Esses efeitos tendem a ser potencializados quando associados a outros fatores de risco, como tabagismo, alimentação inadequada ou predisposição genética. A revisão também identificou variações conforme o sexo: entre homens, o consumo frequente aparece mais fortemente associado ao risco de câncer; entre mulheres, episódios de consumo excessivo em curto período parecem ter impacto maior.
Alguns estudos incluídos na análise observaram diferenças conforme o tipo de bebida, com associações pontuais envolvendo cerveja e vinho branco em determinados tipos de câncer. No entanto, os pesquisadores alertam que esses dados devem ser interpretados com cautela e não permitem afirmar que exista uma bebida “mais segura” do que outra.