A defesa do suspeito da morte da estudante Janaína Bezerra da Silva, Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, conversou de forma exclusiva com o Ronda Nacional nesta quarta-feira (01) e deu detalhes acerca da versão do mestrando de matemática, que segue preso na Cadeia Pública de Altos.
Preferindo não se identificar, a defesa revelou para a reportagem que a posição sexual (de quatro, com o rosto pressionado no colchão) pode ter motivado o trauma raquimedular, ou seja, contusão na coluna vertebral ao nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e a morte da estudante.
Além disso, Thiago e Janaína já se conheciam e teriam "ficado" em outra ocasião, segundo a defesa, e que não houve a participação de um terceiro no ato. O estudante do departamento de Pós-graduação de Matemática da Instituição foi preso em flagrante no sábado e teve a prisão convertida em preventiva no domingo (29), após passar por uma audiência de custódia.
Mais detalhes
Thiago Mayson relatou que não teria percebido sangue na vítima, pois na sala em que estavam não tinha luz e única entrada que tinha era de um basculhante. A defesa pontuou também que o investigado passava boa parte do dia na UFPI por morar só e seus pais, que são separados, não viverem em Teresina.
Thiago estava com a chave da sala de estudo onde o estupro teria acontecido porque os alunos do mestrado, doutorado e iniciação científica fazem o uso de uma sala de estudo coletivo. Outras 13 pessoas também tinha acesso à chave.
De acordo com a universidade, atitudes do suspeito serão apuradas para além da questão criminal, independente dos resultados da investigação policial e do processo. Entre as punições que o aluno do mestrado pode receber está o cancelamento da sua matrícula, mesmo que ele seja inocentado.
Relato de vizinhos
O Ronda Nacional também procurou entender a história do estudante. O acusado morava sozinho na zona Sul de Teresina, mas passava a maior parte do tempo da universidade. Um vizinho informou que teve por algumas vezes contato com o jovem, que aparentava ser tranquilo.
“Eu fiquei abismado, porque é um rapaz daqui, da nossa rua, de perto, um cara tranquilo e não sei o que deu na cabeça dele para ele fazer o que fez. A moça parece que era de família humilde e ele também é de família humilde. Acho que a mãe dele nem tem culpa dessa história porque pouco tempo que conviveu com a mãe né. Ele passava o maior tempo na universidade. Eu não sei o que se passou na cabeça dele; não era um menino ruim não”, disse um morador.
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