Em Kryvyi Rih, na Ucrânia, atleta piauiense diz que situação é tranquila

Nesta quarta-feira (02), em entrevista ao Ronda Nacional, a ex-atleta do Tiradentes-PI disse que até agora os moradores da cidade estão levando uma vida normal.

A invasão da Rússia na Ucrânia também vem causando um enorme impacto no ambiente esportivo. Sem meios para retornarem para casa, atletas brasileiros que vivem na região do conflito relatam o medo e a insegurança em meio à guerra.

A jogadora piauiense Kedma Laryssa Santos Araújo, de 20 anos, está na cidade de Kryvyi Rih, localizada no sudeste da Ucrânia. Nesta quarta-feira (02), em entrevista ao Ronda Nacional, a ex-atleta do Tiradentes-PI disse que até agora os moradores da cidade estão levando uma vida normal.

Kedma Laryssa mora em Kryvyi Rih, na Ucrânia (Foto: reprodução)

"O clima está tranquilo, por enquanto. As pessoas estão trabalhando normalmente, os mercados estão funcionando normalmente, tudo tranquilo, parece que fora daqui não está acontecendo nada. O risco existe porque estamos no meio disso tudo”, contou a atleta.

Embora Kryvyi Rih ainda não esteja na mira dos ataques russos, Kedma não consegue sair do país. Muitos refugiados buscam a fronteira da Moldávia, no sudoeste da Ucrânia. Porém, sem automóvel é impossível chegar até o local. “Querer deixar o país a gente quer, mas no momento não tem como sair, não tem transporte, trem, não temos carro e é perigoso”, falou.

A jovem, ex-Tiradentes-PI, embarcou para o país europeu em agosto de 2021. No clube da jogadora, atuam outras duas brasileiras: Lidiane Oliveira e Gabriela Zidoi, dos estados de São Paulo e Espírito Santo.

O governador Wellington Dias (PT) acionou nesta terça-feira (1) a embaixada do Brasil na Ucrânia para que seja agilizado o retorno ao país da atleta piauiense Kedma Laryssa Santos Araújo, de 20 anos. Ela e mais duas brasileiras que jogam no time de futebol Kryvbas Women estão em um hotel na cidade de Kryvyi Rih, localizada no Sudeste da Ucrânia.

De acordo com o governo do Piauí, neste momento está sendo enviado um ofício ao presidente da República, Jair Bolsonaro, à embaixada brasileira, e a Casa Civil, com os dados das três atletas brasileiras. Desde o início da guerra elas estão em um hotel sendo orientadas pela federação de futebol e o próprio clube.

Na manhã de terça, o coronel Leandro de Melo Castelo Branco, do gabinete militar da governadoria do Piauí, entrou em contato com Kedma, que relatou a situação das atletas.Segundo as informações repassadas pela atleta ao governo do estado, um dos pontos de saída da cidade é uma estação de trem que fica à uma hora de carro de onde as  brasileiras estão.

O confronto entre Rússia e Ucrânia já é considerado o maior ataque de um país contra outro desde a Segunda Guerra Mundial. Na terça-feira (1º), a Rússia atacou as duas principais cidades da Ucrânia, Kiev e Kharkiv. A distância entre a capital Kiev e Kryvyi Rih, onde a piauiense mora é de 420,8 km de carro.

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