Youssef garante ter provas de que foi grampeado ilegalmete pela Laja Jato

Ele pretende pedir à Justiça Federal a anulação do acordo de delação premiada e das condenações que recebeu

Ex-doleiro Alberto Youssef | Reprodução
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O ex-doleiro e delator da Operação Lava Jato, Alberto Youssefalegou recentemente ter conseguido novas evidências de que a Polícia Federal (PF) utilizou ilegalmente um grampo para fazer seu monitoramento durante o período em que esteve na prisão em Curitiba. Segundo informações da revista Veja, as gravações teriam sido feitas em 2014. Na época, Youssef apresentou os grampos irregulares encontrados em sua cela, o que resultou em uma denúncia oficial. 

A PF afirmou que as escutas descobertas na carceragem eram antigas e estavam desativadas. Agora, nove anos após a primeira denúncia, o ex-doleiro afirma ter obtido acesso aos áudios resultantes dos grampos irregulares. Com essas informações, ele pretende pedir à Justiça Federal a anulação do acordo de delação premiada e das condenações que recebeu.

No dia 21 de março deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) concedeu um habeas corpus liminar a Alberto Youssef, revogando a prisão preventiva determinada no dia anterior pelo juiz Eduardo Appio, novo responsável pela Operação Lava Jato. Cerca de uma hora depois, Appio emitiu um novo mandado de prisão preventiva com base em informações fornecidas pela Receita Federal. 

Posteriormente, o TRF concedeu uma segunda liminar com um pedido de soltura, justificando que nada havia mudado desde a primeira liminar. Em seu primeiro decreto de prisão, o juiz afirmou que o ex-doleiro não havia devolvido os valores dos quais se beneficiou ilicitamente. Além disso, Youssef deixou de informar à Justiça dados sobre seu endereço atual.

Segundo Appio, o acordo firmado durante a Operação Lava Jato não tem relação com o procedimento apresentado pela Receita Federal. Por sua vez, o desembargador federal Marcelo Malucelli, que concedeu o habeas corpus, argumentou na primeira liminar que a decretação da prisão foi "ilegal" por ter sido realizada sem o requerimento do Ministério Público Federal, o que contraria o que é estabelecido pelo Código Penal.

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