Durante um evento do PL Mulher no Espírito Santo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez críticas à atual primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, sem mencionar seu nome diretamente. As declarações surgem após a divulgação de uma delação premiada do ex-tenente-coronel Mauro Cid, que acusou Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de integrarem um grupo que incentivava o então presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado.
Michelle, ao discursar no evento, insinuou que tem "vocação para o trabalho", aludindo à intensa agenda internacional de Lula (PT) e Janja. Afirmou ainda que o governo Lula teria "dado um golpe" ao enviar recursos para o exterior e retirar mulheres do cadastro do Bolsa Família.
De forma irônica, Michelle mencionou uma entrevista recente de Janja à revista ELA, na qual esta afirmou não falar apenas de "marca de batom". A ex-primeira-dama interpretou a declaração como uma indireta e destacou que, ao contrário da época em que era primeira-dama, agora, como empreendedora, vende batons.
Em relação às demissões de mulheres no governo Lula, Michelle fez uma alusão crítica, mencionando a esperança de que o gabinete de Janja impedisse mais demissões femininas, uma vez que, segundo ela, seu marido era acusado de misoginia.
Michelle também referiu-se a duas ministras demitidas durante o governo Lula, Ana Moser e Daniela Carneiro, bem como à substituição da ex-presidente da Caixa, Rita Serrano, por um indicado de Arthur Lira. O ex-presidente Jair Bolsonaro também esteve presente no evento, criticando o governo Lula como "mal" e classificando-o como um "câncer vermelho" para o Brasil.
A ex-primeira-dama abordou ainda as acusações da delação de Mauro Cid, ironizando a ideia de incitar um golpe e declarando que ela sabe dar "golpe de luta" durante treinos de artes marciais.
A defesa do ex-presidente e de Michelle afirmou que as acusações da delação não têm base em elementos de prova e destacou que as declarações do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, indicam que não havia elementos que envolvessem o ex-presidente nos fatos apurados.
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