O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) criticou o ministro Alexandre de Moraes após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF).
Jordy alega que Moraes "se julga o dono do Brasil" e acusa o ministro de perseguir seus adversários políticos. "É inacreditável. Esse mandado do ministro Alexandre de Moraes é a constatação de que estamos vivendo uma ditadura".
O deputado é suspeito de liderar atos antidemocráticos que bloquearam estradas no Rio de Janeiro para contestar o resultado das eleições. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em sua casa e no gabinete em Brasília na manhã desta quinta-feira (18), como parte de uma nova fase da Operação Lesa Pátria.
Jordy negou qualquer participação nos atos e classificou a Operação Lesa Pátria como uma "piada". Em um vídeo divulgado nas redes sociais, relatou que foi acordado às 6h "com um fuzil no rosto" enquanto dormia com a esposa e a filha.
Durante a operação, a PF apreendeu seu celular e uma arma, segundo o parlamentar. "Tentaram buscar outras coisas que pudessem me incriminar, mas não encontraram nada. Queriam dinheiro, eu tinha R$ 1 mil aqui em casa. Eu realmente não sabia o que era [a operação] até ter acesso a todas as notícias".
Carlos Jordy, que é bolsonarista, ocupa a liderança da oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados. Atualmente em seu segundo mandato em Brasília, antes foi vereador em Niterói (RJ).
"Em momento algum do 8 de Janeiro incitei ou falei para as pessoas que aquilo era correto, pelo contrário. Em momento algum estive nos quartéis quando estavam acontecendo acampamentos, nunca apoiei qualquer tipo de ato anterior ou depois do 8 de Janeiro. Não há nada que possa ser colocado contra mim ou que justifique essa busca e apreensão", alegou o deputado Carlos Jordy.
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