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Vereador esfaqueia melancia e acusa sua irmã de matar o irmão: “Viu agonizando”

Imagens de câmeras de segurança mostraram que Marcelly e Rafaela chegaram juntas ao local do crime, mas a viúva saiu 13 segundos antes da entrada de Igor e Mário.

Tiago Peretto simula o assassinado de Igor Peretto e acusa irmã de mentir. | Foto: Reprodução
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O vereador Tiago Peretto (União Brasil), irmão do comerciante assassinado Igor Peretto, usou uma transmissão ao vivo nas redes sociais para rebater a versão apresentada por sua irmã, Marcelly Peretto, que é acusada de participação no crime. Presa preventivamente, Marcelly negou envolvimento na morte do irmão, o que levou Tiago a reagir com indignação, chegando a simular a cena do crime ao esfaquear uma melancia ao vivo.

Denúncia e motivações

O assassinato de Igor ocorreu em 31 de agosto de 2024, dentro do apartamento de Marcelly, em Praia Grande (SP). O Ministério Público de São Paulo denunciou Marcelly, Rafaela (viúva da vítima) e Mário Vitorino (cunhado) por homicídio triplamente qualificado, sustentando que o crime foi premeditado por conta de um triângulo amoroso em que Igor seria um "obstáculo". Segundo o MP, os três envolvidos queriam afastar Igor de suas vidas pessoais e profissionais.

Live com acusações diretas

Na transmissão feita na última terça-feira (30), Tiago afirmou: “Eu estou aqui lutando, pessoal, porque eu acredito que eles vão ser condenados. Se isso não acontecer, eu não acredito mais em nada.” Ele classificou Marcelly como mentirosa e relembrou o momento do crime: “Você viu seu irmão agonizando, com 40 perfurações de faca. Você viu seu irmão gritando socorro, baixinho, perdendo a voz. Você trancou a porta para fugir do apartamento, sua mentirosa.”

Imagens, cronologia e fuga

Imagens de câmeras de segurança mostraram que Marcelly e Rafaela chegaram juntas ao local do crime, mas a viúva saiu 13 segundos antes da entrada de Igor e Mário. Após a morte, o casal Marcelly e Mário foi visto deixando o prédio a pé e indo até a residência dele, levando objetos. Para o MP-SP, essa sequência evidencia o planejamento da ação e a fuga coordenada dos envolvidos.

Premeditação e interesse financeiro

Além do envolvimento afetivo entre os três acusados, o Ministério Público destacou possíveis motivações financeiras. A herança de Igor e o controle de sua loja de motos seriam os principais benefícios esperados pelos denunciados. O órgão sustentou que a vítima foi atacada de surpresa e não teve qualquer chance de defesa, uma vez que confiava nos acusados. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles.”

Processo em curso e versões da defesa

Todos os acusados foram presos em setembro de 2024. A Justiça converteu as prisões em preventivas após análise do MP. A primeira audiência ocorreu em março de 2025, e a fase de instrução está em andamento, com os advogados apresentando pedidos de diligências. As defesas negam o envolvimento no crime e refutam a tese de triângulo amoroso. “A denúncia do Ministério Público em relação a ela é meramente fantasiosa, desprovida da realidade”, afirmou Leandro Weissman, defensor de Marcelly. Já o advogado de Rafaela ressaltou que as provas obtidas até o momento enfraquecem a acusação.

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