Valdemar Costa Neto é preso por posse ilegal de arma durante operação da PF

Presidente do PL foi um dos alvos de operação que mira aliados de Bolsonaro

Valdemar Costa Neto é preso por porte ilegal de arma durante operação da PF | Valter Campanato/Agência Brasil
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Nesta quinta-feira (8), Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), foi detido pela Polícia Federal (PF) por posse ilegal de arma. Ele estava entre os alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após sua derrota nas eleições de 2022.

Segundo informações da Polícia Federal, estão em andamento 30 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares distintas da prisão. Estas medidas abrangem a proibição de comunicação com outros investigados, restrição de viagens internacionais com a entrega dos passaportes e suspensão de atividades públicas. 

Agentes da Polícia Federal estão executando as medidas judiciais, emitidas pelo Supremo Tribunal Federal, em diversos estados brasileiros, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Nesta fase da operação, as investigações indicam que o grupo sob escrutínio se organizou em núcleos de ação para promover a disseminação de fraudes nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, com o objetivo de legitimar uma intervenção militar, em uma estratégia típica de milícia digital.

O primeiro núcleo concentrou-se na elaboração e disseminação de alegações de fraude nas Eleições de 2022, por meio da propagação de informações falsas sobre supostas vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação. Essas alegações foram repetidas pelos investigados desde 2019 e continuaram mesmo após os resultados do segundo turno das eleições em 2022.

O segundo núcleo de atuação visou fornecer suporte para a subversão do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, contando com o apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em um ambiente politicamente delicado.

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