Na sequência da operação da Polícia Federal (PF) que investiga a tentativa de um golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL), um dos alvos da ação, não teve seu celular apreendido pela PF. O aparelho já havia sido recolhido em uma ação realizada meses antes, levando os policiais a concluírem que não era necessário realizar uma nova busca.
A operação, ocorrida nesta quinta-feira (8), resultou na entrega ao ex-presidente de uma ordem de restrição, proibindo-o de manter contato com os demais investigados. Essa medida implica que Bolsonaro não pode mais ter comunicação com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, o general da reserva Valter Braga Netto, que também atua no partido, o ex-ministro general Augusto Heleno, e todos os envolvidos na investigação.
Bolsonaro, cujo expediente é frequentemente na sede do PL, tem contatos diários com Valdemar e Braga Netto. Além disso, o ex-presidente está agora proibido de deixar o país, sendo intimado a entregar seu passaporte às autoridades em um prazo de 24 horas.
Outro alvo da operação, Tércio Arnaud, que estava residindo na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis desde o ano novo, está sendo retirado do local pela defesa do ex-presidente, em virtude da ordem restritiva emitida pela PF.
Segundo a PF, a Operação Tempus Veritatis é resultado da delação de Mauro Cid e de investigações anteriores. Além dos ex-assessores de Bolsonaro, a ação também teve como alvo dois militares da ativa. O Exército está acompanhando alguns dos mandados em apoio à PF.
A operação envolve 16 militares, incluindo membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos", uma unidade existente desde 1957, segundo informações fornecidas pelo próprio Exército. A complexidade e amplitude da operação indicam um novo capítulo nas investigações envolvendo o ex-presidente e seus associados, colocando o cenário político brasileiro em um momento de grande tensão.
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